O Feirense reforçou o estatuto de imabtível no seu estádio sob o comando técnico de Nuno Manta Santos, e derrotou um Rio Ave que demorou muito tempo a aparecer no jogo, ainda para mais quando Luís Castro assumira a vontade de subir na classificação.

Dois golaços – um de Platiny e outro de Karamanos – fizeram abanar as ideias vilacondenses e nem o golo de Gonçalo Paciência já perto do final foi suficiente para o Rio Ave se manter no caminho dos triunfos.

O Feirense não precisou de entrar de mota – em grande velocidade, leia-se - na partida para se colocar em vantagem muito cedo. Se podemos chegar lá de bicicleta, para quê gastar energias sem necessidade?, terão pensado os jogadores de Nuno Manta Santos. Mas para isso, beneficiaram muito da inspiração de Platiny que, na primeira vez que a bola chegou à área de Cássio (6'), arrancou um belíssimo exemplar de pontapé de bicicleta e inaugurou o marcador com um golo de levantar um estádio.

E a verdade é que até tinha sido o Rio Ave a tentar assumir a iniciativa de jogo nos primeiros cinco minutos.

Luís Castro apresentou um onze com duas novidades – as inclusões dos reforços Petrovic e Gonçalo Paciência –, mas viu a equipa sentir muito a desvantagem. Isso fez com que durante toda a primeira parte, as ideias dos jogadores vilacondense tenham ficado muito nubladas, o que se traduziu num futebol muito pobre e até desligado muitas vezes.

Aproveitou o Feirense. Em vantagem e perante o desnorte ofensivo do adversário, o conjunto fogaceiro foi crescendo e, sobretudo através das iniciativas de Platiny e Luís Machado, foi criando perigo sempre que se aproximava da área de Cássio.

Platiny esteve perto de bisar mas atirou às malhas laterais e Flávio Ramos viu o guardião contrário segurar à segunda um remate muito forte na conversão de um livre direto.

No conjunto rioavista era notória a dificuldade de construir jogo, tarefa que era quase sempre assumida em posição atrasada por um Petrovic ainda pouco ligado com os companheiros.

Ao intervalo, a vantagem feirense era, por isso, merecida e o Rio Ave, para não voltar a tropeçar, precisava de mostrar muito mais do que aquilo que apresentara durante os primeiros 45 minutos.

Tasos para troca... das ideias de Luís Castro

Os primeiros minutos da segunda parte mostraram um Rio Ave mais esclarecido e perigoso. Héldon pegou mais no jogo e tentou servir Gonçalo Paciência que estivera sempre muito longe do jogo na primeira metade, os vilacondense passaram a dar mais trabalho a Vaná, que fora um mero espectador na primeira parte.

As trocas de Luís Castro também melhoraram a equipa. Aos 63 minutos, entraram Kizito e Krovinovic e, sobretudo este último contribuiu para uma melhor fluidez do futebol vilacondense.

Mas quando o Rio Ave parecia querer ir com tudo em busca do empate, surgiu um grego a trocar as voltas a Luís Castro. Num contra-ataque lançado por Barge, Tasos Karamanos surgiu isolado na cara de Cássio e, se o companheiro de ataque tinha marcado de pontapé bicicleta, o grego não lhe quis ficar atrás e executou um belo chapéu a Cássio, que sentenciou o triunfo.

Até porque o Rio Ave voltou a sentir o golo sofrido e refreou um pouco os ânimos com que estava na busca do empate. Os vilacondense perdeream alguma clarividência nos minutos seguintes e o golo de Gonçalo Paciência no último minuto já veio tarde para as aspirações da equipa.

Acordou tarde, o Rio Ave e pagou pelo adormecimento que teve na primeira parte e em alguns períodos do segundo tempo.

O Feirense de Nuno Manta Santos é continua a somar e nem o facto de ter sofrido o primeiro golo em casa apaga o excelente desempenho que o técnico fogaceiro tem conseguido.

Com esta vitória, os fogaceiros afastam-se da linha de água. Oito pontos, que trazem maior segurança ao reino de Santa Maria da Feira.