Não, este não é o melhor Estoril da época. Este não foi capaz de voltar a vencer o Rio Ave, agora em casa, e somar os mesmos três pontos que somou no início da temporada em Vila do Conde quando venceu por duas bolas a uma.
 
Este perdeu, por dois golos, e deixou escapar a oportunidade de se afastar dos lugares de descida nos quais estão o Tondela e o Nacional. Assim, sem somar pontos, continua na mesma e apenas quatro pontos acima da linha de água.
 
Já o Rio Ave melhorou relativamente aos últimos jogos, voltou a marcar e voltou aos triunfos. Soma 32 pontos, ultrapassou a marca dos trinta que supostamente garantem a manutenção e colou-se ao Belenenses e ao Desportivo Chaves na tabela.
 
Triunfo justo do Rio Ave na Amoreira, mais um. E já vão oito, agora mais cinco do que o Estoril na própria casa diante deste adversário. 
 
 
O Estoril versão espanhola, continua sem conseguir dar um pontapé na crise. Ora um pouco melhor, ora sem ideias, sem conseguir assumir o controlo do jogo, perante um adversário de nível idêntico, e muito nervoso. Prova disso foram alguns lances em que reclamou sem ter razão. Um deles o do golo de Guedes, aos 21 minutos.
 
Domínio absoluto do Rio Ave, em ambas as partes, traduzido em muitos desperdícios e apenas dois golos. Um a meio da primeira parte, outro já após os 90 minutos.
 
No primeiro, bom trabalho de Rúben Ribeiro na esquerda, a atrasar para o coração da área onde apareceu Gil Dias a assistir Guedes que, ao segundo poste, só teve de encostar. Reclamou o Estoril, mas Dankler no outro poste meteu o avançado em jogo. No segundo, lance de Krovinovic com Rafa a assistir Gil Dias.
 
Entre um golo e o outro do Rio Ave, o Estoril, a correr contra o resultado negativo, pouco conseguiu fazer. Mattheus foi quem mais procurou o empate. De bola corrida, de bola parada, com o esférico a bater na defesa contrária, a sair ao lado ou por cima. Uma tentativa, duas, três, também com Kléber e Licá a tentar ajudar, mas sem grande perigo, sem sucesso. E Cássio também lá estava, quando foi preciso. 
 
Já do outro lado, Luís Ribeiro teve mais trabalho, mostrou-se menos bem e, como já dito, contou também com os lances desperdiçados por Guedes (três) e Krovinovic (um) e ainda com o ferro que safou um remate de Gil Dias. Foi mais feliz por isso, mas não saiu de todo feliz. O Estoril continua a ser uma sombra do que já foi e ninguém pode estar feliz com isto.