A FIGURA: Djoussé

Djoussé, que já tinha marcado no Estádio do Dragão, onde o Marítimo perdeu por 2-1, saltou do banco este sábado para voltar a fazer o mesmo. Desta feita não marcou um golaço como o que assinou no jogo da primeira volta. Fê-lo de bola parada, na sequência de um canto, e numa altura em que o jogo parecia estar a caminhar para o segundo golo do FC Porto. Os colegas evidenciaram ao longo do jogo uma má relação com as redes à guarda de Casillas. O camaronês só precisou de pouco menos de três minutos em campo para marcar.

 

O MOMENTO: Raúl Silva mantém o jogo vivo

O FC Porto entrou no segundo tempo com a clara intenção de conseguir o segundo tento, que daria tranquilidade quase absoluta à equipa de Nuno Espírito Santo. Num jogo que não teve oportunidades de golo tão flagrantes quanto a emoção que gerou, Soares teve nos pés, aos 61 minutos, a ocasião para sentenciar a partida. O avançado recebeu em zona frontal e picou a bola por cima de Charles. Só que o esférico não ganhou muita velocidade na caminhada para a baliza deserta, onde apareceu Raúl Silva para limpar com tranquilidade.

 

OUTROS DESTAQUES

Zainadine: o moçambicano ficou mal na fotografia no lance que originou o golo do FC Porto, marcado por Otávio perto da meia hora de jogo. Mas não se deixou abater pelo corte algo deficiente que colocou a bola à mercê do brasileiro. Tanto assim foi que veio a revelar-se um dos elementos mais tranquilos e esclarecidos da defesa insular e até, a espaços, do meio campo do Marítimo, por onde chegou a aventurar-se.

Raúl Silva: o melhor marcador do Marítimo não marcou, mas voltou a exibir-se como peça fundamental da equipa, com um posicionamento e capacidade de marcação fora do comum. Foi determinante na alturas, junto ao relvado e até em cima da linha de golo, como atesta o lance em que já com Charles batido foi buscar a bola picada por Soares.

Fernando Fonseca: estreia promissora por parte do lateral direito titular da equipa B dos Dragões. Nota-se a sua juventude, mas transpirou qualidade e potencial para vir a ser chamado mais vezes por Nuno Espírito Santo.

Brahimi: o extremo argelino teve de lutar muito na frente, dado que a defesa do Marítimo apresentou-se, como é hábito, muito bem organizada. Criou muitos desequilíbrios, mas nem sempre teve o discernimento de soltar a bola para servir os colegas na altura certa. Em alguns lances, fez o treinador desesperar.