Nas incríveis contas pelo 5º lugar da tabela, com o resultado de 4-1 sobre o Marítimo, o Desp. Chaves tem hipóteses matemáticas de chegar a essa posição na tabela. Para isso, precisa que o Rio Ave perca amanhã, segunda-feira, e na última jornada da Liga, que o Marítimo vença também na 34ª jornada e além de vencer o seu encontro, terminar com melhor diferença de golos que os vila-condenses na Liga.

Já o Marítimo disse adeus ao sonho de chegar a um lugar que pode dar acesso à Liga Europa.

Nos flavienses, a grande novidade do onze foi a entrada do lateral esquerdo Furlan, para o lugar de Djavan, que se lesionou na véspera.

Já nos madeirenses, na baliza Charles ocupou o lugar de Amir Abedzadeh, no lado esquerdo da defesa China rendeu Rúben Ferreira, e no ataque Rodrigo Pinho voltou à titularidade, para o lugar de Jean Cléber. Os três ausentes estavam castigados.

Bem ‘vivo’ na corrida ao lugar europeu, o Marítimo entrou em campo disposto a mostrar que estava em posição de discutir os três pontos, frente a uma equipa ainda ‘abalada’ pela polémica na jornada anterior.

Arrancaram melhor os visitantes, e aproveitaram bolas perdidas em frente à área do Chaves. Com Gamboa a pautar a construção de jogo, e Correa e Rodrigo Pinho bem dinâmicos, o perigo começou a pairar na baliza de Ricardo.

Demorou mais a equipa de Luís Castro a entrar na partida, o meio-campo flaviense também viria a ganhar importância, mas as bolas custavam a entrar nos flancos, e William, na frente, parecia desapoiado.

Meio campo flaviense goleador

Nesta fase os madeirenses tiraram proveito do melhor momento e, em contra-ataque, Valente serviu Correa que assustou, aos 16 minutos.

Já aos 26, a bola entrou mesmo, num ataque rápido que Joel serviu Rodrigo Pinho, mas este falhou à boca da baliza, a bola voltou à área flaviense e com sorte parou nos pés de Bebeto, que acompanhou o ataque e foi feliz, ao ter apenas de finalizar.

A resposta da equipa da casa foi pronta e viria a ser eficaz. De livre, Bressan tirou as medidas à baliza, mas aos 34 minutos Matheus Pereira mostrou a sua habilidade para encontrar Pedro Tiba na área, e o capitão não desperdiçou.

Após o empate, apenas dois remates de longe, um para cada equipa, assustaram os guarda-redes, mas o jogo ainda teve polémica, nos descontos.

Quando parecia que ia chegar o intervalo, e depois de um desconto prolongado devido a uma assistência médica, Furlan ganhou livre, e no seguimento do lance Zainadine tocou com a mão na bola. Artur Soares Dias marcou grande penalidade, o VAR confirmou e Bressan, outro dos médios do Chaves, não desperdiçou, já aos 45+10.

Um Marítimo ‘afundado’ valeu goleada

Moralizados com um final de primeira parte em crescendo, os comandados de Luís Castro continuaram em cima do adversário e não demoraram a festejar novamente.

Aos 51 minutos, Matheus Pereira voltou a soltar o seu génio e numa série de dribles, encontrou espaço para disparar para o fundo das redes, fazendo o terceiro da sua equipa.

Sem mais demoras, Daniel Ramos mexeu por duas vezes, à procura de despertar a sua equipa, que demonstrava dificuldades em criar perigo. Edgar Costa e Ghazartyan foram lançados no ataque.

A mexida teve o mérito de resultar de imediato em golo, numa excelente combinação do ataque do Marítimo que Joel finalizou, mas em mais uma ida ao VAR, Artur Soares Dias assinalou um fora de jogo.

Perante o atrevimento do adversário, Luís Castro viria também a mexer, colocando um ataque mais móvel ao retirar William para lançar Jorginho.

Com o jogo mais pausado, continua a ser a equipa da casa a mandar, e em mais uma boa jogada coletiva, o médio Stephen Eustáquio foi travado por Bebeto na grande área, e Matheus Pereira, na transformação do castigo máximo, bisou no encontro.

Com o resultado a manter o Chaves matematicamente a sonhar com o 5º lugar e uma possível ida às competições europeias, restou à equipa da casa gerir o encontro até ao apito final.