A Figura: Sérgio Oliveira
O FC Porto entrou praticamente a perder e demorou a reagir. Aos poucos, o internacional sub-21 português foi dando mostras de querer começar a pegar no jogo portista. Importante a boa capacidade de passe, quer curto quer longo, do médio que, neste momento, é o principal responsável pela construção do jogo ofensivo dos portistas. Antes de marcar o golo que concretizou a cambalhota no marcador, o número 13 do FC Porto teve dois bons remates. Aos 38 minutos rematou à entrada de área para uma defesa segura de Cássio e um minuto antes de apontar o segundo golo dos visitantes, disparou um remate fortíssimo que o guarda-redes brasileiro do Rio Ave sacudiu com uma extraordinária defesa para canto. Na sequência do canto, a bola é aliviada para a entrada da área da equipa de Pedro Martins onde surge Sérgio Oliveira a disparar um remate poderosíssimo para o fundo da baliza da equipa de Vila do Conde.

O momento: Sérgio Oliveira à bomba (minuto 57)!
Foi um FC Porto ‘mandão’ que surgiu no início da segunda parte à procura do golo que lhe daria vantagem no marcador. E o momento da reviravolta no marcador surgiu dos pés de Sérgio Oliveira. Canto apontado por Layún, corte da defesa do Rio Ave e a bola aparece a pingar à entrada da área mesmo a jeito do pé direito do médio portista. Uma autêntica bomba que deu a sensação de só poder acabar no fundo da baliza de Cássio. Reviravolta consumada! Desde esse momento, o conjunto de Peseiro passou a controlar melhor o jogo e foi com tranquilidade que acabou por dilatar a vantagem em cima do minuto 90.

Outros destaques:        

Hélder Postiga: o avançado português regressou esta tarde à titularidade e aos golos. E que golo do número 9 do Rio Ave! O cronómetro pouco passava dos cinco minutos quando a bola sobrou para os pés do internacional português que disparou um míssil indefensável para o guarda-redes Heltón. Na gaveta! Mais tarde, aos 39 minutos, tentou novamente de longa distância mas o remate acabou por ter um destino diferente: por cima da baliza portista.
Importante a segurar a bola e a jogar em apoio de costas para a baliza. O ponta de lança, regressado em janeiro ao futebol nacional, marcou o primeiro golo frente à equipa que o formou e somou o quarto golo em dez partidas esta temporada.

Miguel Layún: tal como Hélder Postiga, o mexicano coroou o regresso ao onze inicial com um golo. Aos 20 minutos, o lateral esquerdo dos ‘azuis e brancos’ foi chamado a converter o castigo máximo, depois de Bruno paixão ter assinalado falta de Edimar sobre André Silva. Sangue frio do internacional pelo México que rematou forte ao ângulo superior sem hipóteses para Cássio. Não comprometeu a defender, não teve problemas em anular o cabo-verdiano Héldon e como é seu apanágio, destacou-se no apoio ao ataque. Um jogo completo de Miguel Layún

Roderick: boa exibição do antigo jogador do Benfica. O central dos vilacondenses, muito concentrado, não deu espaço ao jovem André Silva e ganhou inúmeros duelos. Embora o Rio Ave tenha acabado por encaixar três golos, o defesa conseguiu desarmes importantes, sobretudo na parte final do jogo em que a equipa do Rio Ave procurava o empate.

Marcano: muito atento e seguro a defender, foi importante para segurar a vantagem da equipa de José Peseiro. Sempre bem posicionado, foi impedindo que o Rio Ave criasse perigo. Forte nos duelos aéreos, Marcano garantiu sempre boa qualidade sempre que o FC Porto tentou construir desde trás. Sempre muito tranquilo, ao contrário do seu colega do centro da defesa. Bons sinais neste regresso à equipa.

Varela: autor do golo da tranquilidade. Lançado por José Peseiro nesta deslocação ao Estádio dos Arcos, o internacional português destacou-se mais no momento defensivo pelo apoio a Maxi Pereira do que no momento ofensivo. Ainda assim, quando tudo apontava para um último assalto dos vilacondenses à baliza à guarda de Helton, o extremo formado no Sporting, lançado por Maxi Pereira, atirou cruzado e bateu Cássio pela terceira vez na partida.