Esta Liga não está fácil nem para Estoril nem para Feirense, mas a jornada 17 sorriu (com sorte à mistura) à formação de Sta. Maria da Feira que, tal como na temporada passada, venceu na Amoreira (0-2) e levou para o Norte do país três pontos importantes.

Não saiu do sítio, mantendo-se na 13.ª posição da tabela, mas deixou para trás o Desp. Aves, o Moreirense o Paços Ferreira, que tinham os mesmos pontos, e afastou-se dos lugares de descida. Tem agora mais cinco pontos do que o Estoril, que é penúltimo.
 
Já para o Estoril a noite desta segunda-feira não foi de todo feliz, nem um «bocadinho». Derrota por 0-2 com dois autogolos, um penálti falhado e ainda a lesão de Kléber que, pelo amarelo, já falharia a deslocação ao Dragão, mas que poderá estar assim mais tempo de fora.
 
 
No regresso a casa, onde conseguiu vencer o Desp. Aves na 15.ª ronda do campeonato, matando um jejum de 11 jogos sem vencer, o Estoril - com várias ausências e adaptações - entrou empenhado em voltar a ser feliz, mas acabou por ser totalmente infeliz.
 
Com mais bola e a pensar bem as jogadas nos primeiros minutos, não conseguiu chegar com perigo à baliza de Caio, nem nas várias oportunidades que teve de bola parada, por mérito da defesa contrária, e viu, do outro lado, o Feirense ser menos insistente mas mais perigoso e a chegar ao golo à segunda oportunidade.
 
Num lance que teve muito Hugo Seco, foi Pedro Monteiro quem acabou por marcar o primeiro golo da noite e fazer com o Feirense jogasse com a vantagem no marcador e de forma mais tranquila logo a partir do minuto 21.
 
Daí ao intervalo, só mais uma jogada de perigo também do Feirense, pelos pés de Etebo, mas Moreira evitou o 0-2 e levou o jogo para o intervalo com o 0-1 no marcador.
 
Na segunda metade, mais do mesmo, também com muitas faltas e livres que nada deram e a mesma infelicidade.
 
Ivo Vieira até mexeu cedo, fazendo entrar Eduardo para o lugar de Joel ao intervalo, e depois fez entrar Bruno Gomes para o lugar do lesionado Kléber, mas foi a equipa de Sta. Maria da Feira que consolidou a vantagem.
 
De novo de forma prematura, aos 56 minutos, e de novo com um autogolo: Edson Farias cruzou longo e Kyriakou quis cortar, mas acabou por colocar a bola dentro na baliza traindo Moreira. 
 
Ficou tudo mais difícil para o Estoril e mais fácil para o Feirense.
 
Meia hora para jogar e o que se via não era muito, nem fazia prever mudanças no marcador, quanto mais uma reviravolta, mas até houve oportunidades. Aylton, acabado de entrar, falhou de baliza aberta; Lucas Evangelista viu Caio fazer uma grande defesa; e, o mais escandaloso, aos 89 minutos, Eduardo não aproveitou uma grande penalidade atirando por cima da baliza.
 
Do outro lado, nada a assinalar, mas nem foi preciso: a vencer por 0-2 só foi preciso segurar o resultado porque a sorte também faz parte do jogo e a equipa de Sta. Maria da Feira teve-a na medida certa.