Sexto triunfo consecutivo do Sp. Braga na pedreira. O conjunto de Paulo Fonseca bateu o Estoril (2-0) no jogo de encerramento da 21ª jornada da Liga, mas sem o brilhantismo que tem pautado os jogos dos guerreiros.

Os bracarenses apenas conseguiram desbloquear o nulo no marcador nos últimos dez minutos do encontro com uma cabeçada fulminante de Rui Fonte na sequência de uma bola parada. Hassan ainda ampliou a contagem para que não restassem dúvidas, deitando assim por terra a estratégia do Estoril, que quase deu frutos.

Fabiano Soares neutralizou a circulação de bola dos bracarenses até ao minuto oitenta, o tal em que de bola para os arsenalistas resolveram aquilo que o coletivo não estava a conseguir fazer.

Sem defesa esquerdo de raiz no onze, em virtude do castigo do já adaptado Mano, o Estoril apresentou-se na pedreira com Gerso a fechar o lado esquerdo, sendo Dieguinho a ocupar o lugar mais ofensivo. Já Paulo Fonseca, fazendo a sua habitual rotatividade do plantel, fez quatro alterações na sua equipa, notando-se o regresso de André Pinto ao eixo da defesa depois de cumprir castigo e ainda a estreia a titular de Josué no municipal bracarense.

Batalha naval do conjunto da Linha

Fabiano Soares fez a equipa da Linha jogar uma espécie de batalha naval, ocupando os espaços de forma exímia e descaracterizando dessa forma o jogo habitual do Sp. Braga. Os arsenalistas construíram lances ofensivos, esboçaram finalizações, mas de forma muito forçada e sem a naturalidade habitual.

Fruto deste enquadramento, a primeira parte foi pachorrenta e nem os habituais rasgos de genialidade de Rafa animavam a noite chuvosa da pedreira. Se as coisas não saíam bem à equipa da casa é certo que o Estoril bloqueava o seu opositor e ia construindo trocas de bola agradáveis, mas sempre muito longe da baliza e sem consequência.

Equilíbrio de forças no setor intermediário, jogo tático e poucos lances a realçar na primeira metade. Apenas uma jogada de Rafa, em que recebeu na área um cruzamento de Rui Fonte e depois rematou por cima quando tinha a baliza escancarada, aqueceu um pouco o frio da pedreira. Pelo meio o Estoril desenhou algumas jogadas de ataque, mas inconsequentes e quase sempre sem direito a remate à baliza.

Mais do mesmo, mas com Kieszek e Rui Fonte

O figurino não se alterou muito depois do descanso. O Estoril manteve-se personalizado e sem arriscar em demasia, até porque, o nulo tinha inegavelmente mais sabor para a equipa da Linha do que propriamente para o Sp. Braga.

Apareciam mais vezes em zona de finalização os bracarenses, mas iam esbarrando num Kieszek que ameaçava ser a figura do jogo. O guardião polaco fez uma série de intervenções e fez o nulo pairar no municipal bracarense.

Mas, para além de aparecer Kieszek, também apareceu Rui Fonte à boleia de Pedro Santos. Num livre em zona lateral, o médio que tinha acabado de entrar colocou o esférico com as medida certas na cabeça do avançado, fazendo assim a pedreira soltar a explosão que teimava em não sair. Pouco depois, isolado, Hassan, que também saiu do banco, confirmou o triunfo.

A exibição do Estoril ficou-se pelo quase. Contas feitas, para além do bloqueio ao jogo bracarense, as trocas de bolas não surtiram efeito e a equipa da Linha sai de Braga com um punhado de lances em que podia ter criado perigo, mas sem que nenhum deles resultasse num verdadeiro remate à baliza.

Mais três pontos para o Sp. Braga, sexto triunfo consecutivo em casa, quarto lugar cimentado e aproximação ao FC Porto. Recorde-se que a equipa de Paulo Fonseca continua em todas as frentes. O Estoril continua o calvário dos jogos longe da Amoreira. Deixou uma boa imagem, mais viaja para o sul sem nada na bagagem.