FIGURA: Rui Fonte

O encontro não estava a sair como é costume à equipa arsenalista. Rui Fonte trabalhava o que podia no ataque, lutava sem bola num esforço que parecia inglório. No primeiro tempo atirou à malha lateral num dos poucos momentos em que dispôs de espaço. Quando o nulo assombrava a pedreira, o avançado saltou mais alto do que toda a gente no coração da área para começar a escrever mais um triunfo do Sp. Braga, o sexto consecutivo em casa. Sexto golo da temporada do avançado de 25 anos.

MOMENTO: golo de Rui Fonte (80’)

Cruzamento tenso de Pedro Santos da esquerda na cobrança de um livre. O médio, que tinha entrado momentos antes, pôs a bola redondinha no coração da área, aparecendo depois Rui Fonte a finalizar nas alturas, conseguindo desbloquear um jogo que teimava em não desatar. Bom golpe de cabeça.

NEGATIVO: Rafa

Uma sobra daquilo que já fez esta época. Nada lhe saiu bem e perdeu a maioria dos lances sem conseguir criar perigo. Tentou lutar contra isso, trabalhou e procurou desequilibrar, mas sem sucesso. O expoente máximo de uma noite de pouca inspiração dos bracarenses.

OUTROS DESTAQUES

Pedro Santos: A estrelinha do Sp. Braga nos últimos jogos. Desta vez não resolveu, tal como aconteceu diante do Rio Ave, mas mexeu com a equipa e saiu dos seus pés a bola que deu o primeiro golo aos arsenalistas. Importante nesta fase da temporada.

Baiano: O lateral esteve muito interventivo na manobra ofensiva do Sp. Braga, apresentando-se como alternativa no corredor direito nos momentos em que o Estoril bloqueava a margem de manobra da equipa da casa.

Gerso: Jogou de forma surpreendente no lado esquerdo da defesa. Mesmo não sendo a sua posição, o guineense deu conta do recado e fechou bem o seu flanco. Notou-se a preocupação defensiva, uma vez que foi raro vê-lo arriscar ofensivamente.

Hassan: O goleador ficou no banco, fruto da rotação de Paulo Fonseca. Entrou quando havia cerca de uma hora para jogar e ainda foi a tempo de fazer o gosto ao pé. Já antes tinha obrigado o guarda-redes estorilista a fazer uma excelente intervenção.

Kieszek: Segurou o que havia segurar, com alguns voos notáveis no segundo tempo, arrastando o empate sem golos até aos derradeiros dez minutos do encontro. Sucumbiu depois aos disparos de Rui Fonte e de Hassan, mas ainda assim a exibição não sai manchada.