Figura: Alan
Já não é surpresa a preponderância do capitão neste Sp. Braga. Está nos dois golos da equipa minhota: apontou a grande penalidade aos dezassete minutos e está na génese do golo de Baiano. O que vai perdendo com a idade na velocidade, ganha em capacidade de decisão e leitura do jogo. É difícil vê-lo perder uma bola e com a maturidade adquirida completa com sucesso as sua intenções atacantes. Resolveu o jogo a favor do Sp. Braga a tempo de sair mais cedo.

Momento: Golo de Alan (minuto 17)
Alan frente a frente a Gottardi na marca dos onze metros. Grande penalidade a castigar mão na bola de Zainadine depois de Joãozinho lhe ter esbarrado o esférico com estrondo no braço. Com pouco mais de um quarto e hora jogado, O Sp. Braga estava em excelente posição para conseguir um resultado confortável. Alan não costuma perdoar e bateu Gottardi com muita serenidade. Remate seco, para o centro da baliza.

OUTROS DESTAQUES:

Eduardo: A exibição não foi exuberante, nem particularmente interventiva, mas é nestes jogos que se vêm os grandes guarda-redes. Um punhado de situações de risco e cruzamentos venenosos por parte do Nacional foram sanados com tranquilidade pelo guarda-redes internacional português.

Ali Ghazal: um portento físico que o Nacional descobriu no Egito. Foi rei e senhor no meio campo impondo-se sempre com o choque. Os médios do Sp. Braga, essencialmente Ruben Micael e Luiz Carlos tentaram contornar o raio de ação do médio mais recuado do Nacional para evitar o confronto direto.

Djaniny: entrou com a corda toda e viu a cartolina amarela logo aos quinze segundos de jogo. Não se intimidou e foi a referência ofensiva da equipa montada por Manuel Machado. Foi um autêntico quebra-cabeças para os centrais do Sp. Braga sempre fora da sua posição e pronto a percorrer qualquer parte do terreno de jogo.

Aderlan Santos: o bombeiro de serviço, a aparecer um pouco por todo o lado para travar as flechas insulares direcionadas à baliza de Eduardo. O defesa central com a função de «líbero» caiu em desuso nos manuais da tática moderna, mas perante a forma de jogar do Nacional da Madeira foi o serviço de Aderlan Santos. Cumpriu.