A FIGURA: André Almeida «enganou-se», mas decidiu

O lateral deu três pontos ao Benfica num jogo muito mau dos encarnados. O Portimonense jogava a menos um, o marcador estava igualado e o internacional português resolveu levantar o Estádio e dar a vitória ao Rui. Minuto 79, a bola estava na quina da área, do lado direito, e André Almeida encheu o pé, com ou sem intencionalidade isso não se sabe, e fez um chapéu a Ricardo Ferreira, com a bola a entrar no ângulo superior esquerdo do guardião. Foi o terceiro golo com a camisola das águias!

 

O MOMENTO: vídeoárbitro salva o Benfica de mais um desaire (88’)

O Benfica tinha dado a volta ao jogo, jogava com mais um homem e o jogo estava prestes a acabar. O guião indicava um triunfo encarnado, mas o Portimonense conseguiu o empate. Os algarvios festejaram, toda a gente se dirigiu para o meio-campo e quando estava tudo preparado Gonçalo Martins mandou esperar e esperar…e anulou o golo por indicação do videoárbitro. Manafá, que assistiu Fabrício, estava em posição irregular. Festejou-se como um golo o Estádio da Luz.

OUTROS DESTAQUES:

Zivkovic: o melhor e o mais inconformado com a exibição encarnada. O sérvio fez a primeira parte à direita e foi por aí que o Benfica mais atacou na etapa inicial. Alguns cruzamentos bons, um remate e sempre proactivo. Passou para a esquerda na segunda parte e continuou a ser dos melhores, criando três lances de golo para os companheiros, que desperdiçaram. Acabou a lateral esquerdo.

Lisandro: o central é mal-amado na Luz, sente-se o burburinho quando tem a bola. Mas hoje, no tempo que esteve em campo, batalhou e não perdeu nenhum lance. Cumpriu e não podia fazer muito mais, os problemas que o Benfica teve resultaram sempre de mau posicionamento dos laterais e do meio-campo. Saiu quando o Portimonense ficou reduzido a dez, mas para o que Samaris fez mais valia ter ficado.

Samaris: um regresso negativo à competição. Nos primeiros 10 minutos falhou cinco passes e mostrou logo aí ao que vinha. Noite muito má do grego, não fez nada bem e a cinco minutos do fim quase fez um autogolo. Foi a única coisa que faltou para a noite ser pior.

Fabrício: um golo em que sentou Luisão e colocou a bola sem hipóteses para Varela e marcou outro que foi anulado, a corresponder a um cruzamento da direita, de pé direito na zona do penálti. Deu muita luta, mesmo quando o Benfica tinha mais um homem.

Paulinho e Ewerton: são eles que ditam os tempos e a forma de atacar do Portimonense e são muito bons de bola. Escondem-na quando é preciso, seguram-na bem, tem a capacidade de transportar e muitas vezes causaram desequilíbrios a subir com ela colada ao pé. Outras entregavam nos extremos, sobretudo Wellinton que ameaçou várias vezes. Dois médios para seguir!

Wellington Carvalho: irrequieto e bom de bola. Fez a cabeça em água a Eliseu e proporcionou a Varela algumas intervenções. Foi por ali que veio maior perigo.

Pedro Sá: sem dar nas vistas foi o principal responsável pela falta de ligação entre Pizzi e Jonas na primeira parte. Joga simples, rouba, ocupa bem os espaços, cobre os centrais e depois dá para os companheiros de miolo decidirem como vai ser o ataque.