O Sp. Braga teve mais bola mas o Desportivo melhores situações de golo. Partida de reencontro com carga emotiva. No regresso a Chaves, Jorge Simão acabou expulso do banco. 
 
O nulo no marcador acaba por penalizar os flavienses, que somaram mais situações de golo, frente a um Sporting de Braga que teve mais bola, mas pouco ou nenhum proveito tirou. 
 
Por mais que os treinadores das duas equipas tenham desviado as atenções do jogo para a carga emotiva, os adeptos dos flavienses trataram de criar um ambiente fervoroso no jogo. Jorge Simão, treinador que saiu de Chaves para o Sp. Braga no decorrer da época, e os jogadores Assis e Paulinho foram assobiados ao longo de todo o encontro. Na bancada visitante a moldura humana dos adeptos bracarenses também impressionou. 

Nos flavienses Ricardo foi a grande novidade na baliza, regressando após um mês e meio de ausência por lesão e opção. Mas Ricardo Soares fez ainda regressar ao onze Nuno André Coelho para o centro da defesa, Patrão para o meio campo e Perdigão e Rafa para o ataque. 

Na equipa bracarense Jorge Simão fez apenas uma mexida, forçada, por lesão de Battaglia, com Ricardo Horta a voltar ao onze. 
 
Talvez por esses nervos à flor da pele, ou por falta de acerto, a partida ‘demorou’ a arrancar e os lances de perigo só surgiram para lá do quarto de hora. Antes, equilíbrio e algum ascendente bracarense com Pedro Santos a comandar as operações. 
 
 
Aos 17 minutos, a primeira situação de golo surgiu pela esquerda, com Djavan a subir, a deixar para Vukcevic que serviu Pedro Santos, mas este, ‘estorvado’ por Nélson Lenho atirou para fora ao segundo poste. 
 
A resposta não podia ser mais rápida e chamativa, pois no minuto seguinte Patrão aproveita uma bola perdida à entra da área de Marafona e atira com o pé direito (o seu pior pé) uma bola teleguiada, mas à barra. 
 
No melhor período dos flavienses, aos 25 minutos Braga ganhou a bola junto à linha de fundo pela direita, serviu Davidson mas o brasileiro disparou perto, mas por cima. 
 

 
Parada e resposta e no minuto seguinte responde o Braga. Livre na direita com a bola a cair ao segundo poste, com Rosic a ganhar nas alturas mas a atirar às malhas laterais.
 
Em cima da meia hora o golo esteve à vista novamente para o Braga, com o argentino Fede Cartabia a disparar de meia distância e Ricardo a ter de intervir com dificuldade. 
 
Já com o intervalo à vista houve novo ‘frisson’ para os adeptos flavienses, com Braga a roubar a bola a Assis em plena grande área, a assistir Davidson mas o brasileiro a não conseguir disparar para golo, com um defensor a fazer o corte. 
 
Os bracarenses assumiram definitivamente o jogo no arranque da etapa complementar, mas as situações de golo eram parcas. Do outro lado, em ataques rápidos, os flavienses demonstravam não ter desistido da vitória. 
 
Aos 60 minutos, numa dupla situação, Patrão disparou com muito perigo rente ao poste direito de Marafona e Braga atirou em estilo mas à figura. 
 
Com o passar dos minutos a equipa bracarense começou a mostrar-se cansada, ou pelo menos, sem ideias, e o Desportivo de Chaves aproveitou para voltar a apertar com o adversário. 
 
Lançado em altura certa no encontro por Ricardo Soares, o extremo Batatinha atirou aos 67 para defesa de Marafona mas aos 73 teve melhor situação servido por Nélson Lenho, cabeceando ao lado. 
 
Respondia Jorge Simão com a entrada de Rodrigo Pinho, à procura de mexer com a sua equipa, e esta também foi uma mexida acertada, pois o Braga recuperava ascendente para os 15 minutos finais. 
 
Mas para o caso de alguém se ter esquecido que este era um jogo com ‘carga emotiva’, Jorge Simão tratou de lembrar isso. Aos 80 minutos desentendeu-se com Vasco Santos, foi expulso, e levou o estádio a mais uma enorme assobiadela ao antigo treinador. 
 
O jogo aqueceu de imediato mas nem por isso as redes abanaram em Trás-os-Montes. Do lado bracarense, a situação mais perigosa foi construída por Pedro Santos, com a ajuda de Djavan, com o cruzamento a parar na cabeça de Rodrigo Pinho que atirou muito torto. Do outro lado através de um livre de Bressan, Rafael Lopes quase enganava Marafona, mas a bola foi sacudida da defensiva minhota.