FIGURA: JONAS
Não foi preciso esperar muito para escolher a figura desta partida. Aos 20 minutos já estava mais do que confirmado: seria Jonas. E ainda não se tinha visto tudo. O avançado brasileiro marcou dois bons golos (17 e 40 min), assistiu Mitroglou para o golo inaugural do jogo (5 min) e Gaitán para o 5-0, após uma troca de bola perfeita entre os dois. Pelo meio, mostrou-se incansável, a não desistir de bola nenhuma, a cruzar para a área em vários momentos e também a rematar. O brasileiro renovou esta semana pelo Benfica, até 2018, e disse que era na Luz que se sentia «bem e feliz». Nota-se, sem esforço. Além de confirmar ser um grande jogador.
 
MOMENTO: MINUTO CINCO
Entrar bem na partida e marcar cedo é sempre uma mais-valia, dá segurança e permite outro tipo de jogo. Foi o que fez e conseguiu fazer o Benfica. Entrou bem e chegou ao primeiro golo da partida, por Mitroglou, com muita facilidade. A partir daí, foi sempre a somar: golos e uma boa exibição. Mitroglou voltou a marcar, aos 53 minutos, e a confirmar que é na área que está bem. Não é de se mexer, mas se está à frente da baliza e o esférico lhe chega a hipótese de golo é enorme.
 
NEGATIVO: A DEFESA DO BELENENSES
A equipa do Restelo entrou muito mal na partida e pouco (ou nada) melhorou. Já a defesa foi sempre o pior. João Amorim, Tonel, Gonçalo Brandão e André Geraldes cometeram vários erros, deixando o Benfica chegar com facilidade à área e aos golos. Entre os quatro distribuíram as culpas na goleada imposta pelo Benfica, sobretudo nos golos da primeira parte. No primeiro golo há culpas claras e muita passividade de Tonel, no segundo e no terceiro de André Geraldes. No 5-0, estavam todos a ver jogar Jonas e Gaitán.
 
OUTROS DESTAQUES:
Gaitán: é sempre de destacar e sempre pela positiva. O Benfica elegeu-o como o melhor em campo e também é merecido. Esteve bem o argentino e presente em quatro dos seis golos. Assistiu Jonas no primeiro, bateu o canto do segundo golo do brasileiro, cruzou atrasado para o bis de Mitroglou e marcou o 5-0. No tratamento à bola e a distribuir jogo, o habitual. Nada a reclamar.
 
Talisca: Rui Vitória voltou a dar-lhe a titularidade (jogou de início na Supertaça, frente ao Sporting), mas foi preciso esperar mais de uma hora de jogo para o ver. Na primeira parte o brasileiro ainda tentou um remate, muito fraco e ao lado, mas aos 63 minutos mostrou que está com fome de golos: apanhou a bola e do meio da rua chutou forte sem hipóteses para Ventura, fazendo o 6-0.
 
Ventura: sofreu seis golos, o que nunca é positivo. Pelo contrário, é muito negativo. Ainda assim não ficou mal na fotografia em nenhum dos seis tentos encarnados. A defesa do Belenenses esteve mal e pouco ajudou. O Benfica até podia ter marcado mais, mas sobretudo na primeira parte, o guarda-redes evitou um escândalo maior.
 
Miguel Rosa: havia a dúvida se iria jogar ou não, pelo passado ligado ao Benfica e que nas últimas duas épocas o afastou deste dérbi lisboeta. Mas Sá Pinto é, como se costuma dizer, de gancho e disse que contava com o jogador. Contava e chamou-o mesmo para o onze. Ainda assim, Miguel Rosa não se fez notar.