Liderança a cinco pontos de distância graças ao goleador holandês, que bisou após ser lançado na partida.

Em terra de maravilhas gastronómicas como o pastel ou o presunto de Chaves, ou a alheira e folar, Bas Dost voltou a saciar o seu apetite por golos ao abrir o marcador após ter entrado seis minutos antes, e ao fazer o segundo, no seu regresso após lesão. Chegou aos dez golos em quatro partidas frente aos transmontanos.

Numa fase em que os transmontanos até estavam por cima, Jorge Jesus lançou Bas Dost e acertou em cheio, pois o avançado marcou pouco depois. Após o golo, o Sporting tentou gerir o esforço, como precisava, em vésperas de mais um jogo da Liga Europa, mas o Chaves não permitiu.

Os flavienses foram atrevidos e ainda dispuseram as suas situações para marcar com o jogo empatado. Após o golo, ainda tiveram forças para lutar por pontos, tendo uma grande oportunidade por Davidson e concretizando uma grande penalidade. Após os seis jogos com os chamados grandes do futebol português, o Chaves fica sem nenhum ponto nestes encontros.

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Forçado a mexer no onze da derrota em Tondela, Luís Castro substituiu o central Domingos Duarte e o extremo Matheus Pereira, que pertencem ao Sporting, e lançou Nuno André Coelho e Perdigão na equipa inicial.

Já Jorge Jesus alterou quatro peças face ao jogo para a Liga Europa, em casa, com o Plzen, da República Checa. Na defesa, Battaglia ocupou o lado direito, enquanto Bruno César o lado esquerdo, lançando ainda Misic (estreia a titular) no meio campo e Rúben Ribeiro na ala. Já Bas Dost ficou no banco.

Sem a referência ofensiva do goleador holandês, o ataque sportinguista foi móvel e com uma rotatividade constante dos quatro da frente. Isto, em teoria, pois a primeira parte dos leões ficou aquém das expectativas, com pouca intensidade e mobilidade.

Apesar da equipa de Jorge Jesus ter dominado a primeira metade, instalando-se a maior parte do tempo no meio campo flaviense, do outro lado o Sporting encontrou uma equipa que também gosta de ter a bola, e sempre que pode também fez a gestão do esférico por sua conta.

O primeiro momento de perigo foi mesmo para os transmontanos, numa jogada iniciada por Djavan que Davidson cruzou e Tiba já na área serviu William, que na cara de Patrício viu o internacional português ser enorme e fechar a baliza. Na resposta, após um canto, Montero atirou para defesa de Ricardo, mas era tímida… para aquilo que os visitantes procuravam.

Pouco depois, contrariedade para Jorge Jesus, que tinha optado por Bruno César no lado esquerdo da defesa, mas rapidamente teve de lançar Lumor, por lesão do brasileiro. Curiosamente, entrou bem o ganês, dando profundidade ao ataque e libertando Rúben Ribeiro.

A meio da primeira parte aparecia também Bryan Ruiz, que passava a tomar conta das operações, pensando o ataque dos leões. No entanto, os passes de rutura e nas costas da defensiva flavienses não saiam na perfeição.

A tarefa ficou facilitada aos 33 minutos, numa falha incrível de Nuno André Coelho perante o passe na vertical de Misic para Montero, mas o atacante, isolado, ainda serviu Rúben Ribeiro, que libertou Gelson que teve pela frente outro guarda-redes gigante, Ricardo, que tapou o caminho e evitou o golo.

Um Chaves mais atrevido e… Bas Dost

A segunda parte ganhou muita mais intensidade muito por culpa do Chaves, que pressionou alto os leões e o jogo partiu-se, com a bola a rondar constantemente a baliza de Rui Patrício. O perigo, esse, estava mais difícil de surgir, porque as defesas lá iam resolvendo os fogos que se criavam.

Aos 55 minutos, no entanto, Nuno André Coelho testou a atenção de Rui Patrício com um remate forte, e de primeira, após um canto, mas o guarda-redes disse novamente presente.

Perante um adversário mais atrevido, e perigoso, Jorge Jesus optou por marcar presença na área ao fazer entrar Bas Dost, que regressava assim à competição, após lesão, e retirando um médio, Misic.

Seis minutos em campo e… golo do holandês. Rúben Ribeiro trabalhou na esquerda, cruzou para a área, onde já havia referência, faro de golo e finalização. Bas Dost mostrou porque gosta de marcar aos flavienses, assinalando o nono golo em quatro partidas frente ao Chaves.

O golo fez maravilhas ao até então apático Sporting, pois logo de seguida surgiram duas situações flagrantes de golo, que Bryan Ruiz e Battaglia desperdiçaram.

No entanto, o argentino adaptado a lateral direito foi fundamental aos 78 minutos ao evitar o empate, quando Davidson, isolado na esquerda por Bressan, fintou Rui Patrício, mas viu Battaglia tirar a bola em cima da linha, quando já se gritava golo.

Se a equipa de Luís Castro ainda tinha forças para chegar à baliza do adversário, Bas Dost tratou de arrumar com as dúvidas no resultado, ao aproveitar da melhor forma um falhanço da defensiva flaviense. Com a baliza deserta, em plena grande área, só teve de empurrar para o seu segundo golo da conta pessoal.

Mérito ainda para a equipa de Luís Castro, que apesar do resultado adverso não desistiu e chegou ao golo, em cima dos 90. Djavan ganhou a grande penalidade a Coates e Platiny transformou o castigo máximo fixando o resultado final.