Jogo eletrizante. Sp. Braga e Nacional protagonizaram um grande espetáculo na estreia da Pedreira esta época, com direito a seis golos, três jogadores a bisar e o Nacional a responder por duas vezes à vantagem arsenalista. Prevaleceu o maior estofo da equipa de Abel Ferreira, que triunfou (4-2) com mais dificuldades do que aquelas que estaria à espera.

A meio de uma eliminatória europeia o treinador dos bracarenses fez três mexidas na equipa e o Sp. Braga manteve-se fiel aos seus princípios, entrando praticamente a vencer. O Nacional deu um olá no regresso à Liga levando o jogo empatado para o intervalo, com dois golos de Rochez a anular  duas vantagens de Dyego Sousa.

Costinha mostrou que este Nacional tem equipa para ir criando dissabores aqui e ali, os insulares mostraram organização e capacidade para traçar alguns rasgos incómodos, mas perante um Sp. Braga de montra é preciso algo mais.

Ricardo Horta pressionou o interruptor e cortou a corrente, fazendo o Sp. Braga entrar a vencer na Liga.

Dyego Sousa VS Bryan Rochez

No regresso ao convívio com os grandes do futebol o português o Nacional nem teve tempo para respirar. Bateu de frente com um Sp. Braga que não pede licença para ser ousado, que respira confiança e cimenta a pulso um estatuto no topo. A bola rolou apenas quatro minutos até Dyego Sousa abanar as redes a passe de Fransérgio, uma dupla de ataque prometedora. Já antes disso os bracarenses tinha criado perigo.

Entrada arrebatadora da equipa da casa, essencialmente pressionante a cortar espaços ao adversário, a dar pouca margem de manobra à equipa de Costinha. Mas bastou uma brecha dos arsenalistas para os insulares mostrarem ao que vinham. Hesitação entre Raúl Silva e Matheus, o guarda-redes já só conseguiu travar Vítor Gonçalves em falta.

Com sotaque das Honduras, Rochez igualou o encontro da marca dos onze metros com um castigo máximo bem cobrado. De nada valeu a Matheus adivinhar o lado. Determinado, o Sp. Braga não achou grande piada à igualdade e depois de tentar de bicicleta Dyego Sousa bisou. Passe de Fransérgio, mais um, o avançado brasileiro fez o resto com um remate colocado na passada ainda de fora da área.

Bryan Rochez é que não quis ficar atrás e numa espécie de duelo individual com o dianteiro do Sp. Braga também bisou. Os bracarenses faziam pela vida à base da pressão alta, o Nacional era exímio a aproveitar nesgas. Numa jogada de insistência o hondurenho aproveitou para restabelecer a igualdade com um golo pleno de oportunidade.

Dois para cada lado ao intervalo no rescaldo de uma primeira metade enérgica. Empate no duelo individual entre Dyego Sousa e Bryan Rochez.

E o vencedor é Ricardo Horta!

Se na primeira metade o Sp. Braga precisou de quatro minutos para abanar com as redes, na segunda metade bastaram três. Dyego Sousa outra vez em evidência, desta vez a encostar à esquerda para servir depois Ricardo Horta no corredor central. O médio que acabou a última época de pé quente continua de pontaria afinada.

Depois de marcar na Ucrânia voltou a fazer o gosto ao pé com um remate seco e colocado. Rodopiou num momento sublime e fez a bola entrar junto ao poste mais distante. O duelo da primeira parte acabou por ficar para segundo plano, porque Ricardo Horta foi mesmo a figura do jogo.

O médio português culminou uma grande combinação do ataque do Sp. Braga e arrumou com as aspirações do Nacional, que se mostrou sempre pronto a espreitar. Hino ao futebol o quarto bracarense, passe de Fransérgio a ser seguido por dois toques de primeira e Ricardo Horta a arrumar com a questão.

Triunfo arsenaista justificado, os Guerreiros já olham para a Europa. Na quinta-feira há a 2ª mão do confronto com o Zorya.