Por: Adérito Esteves

Quinto jogo, quinta vitória do FC Porto frente ao Arouca, mais uma vez com muitos golos, e a liderança isolada – pelo menos até amanhã. Além da vitória, o conjunto azul-e-branco mostrou um futebol mais atrativo do que em partidas anteriores e conseguiu um importante estímulo para a entrada na Liga dos Campeões. Ou não seria isso que estava na cabeça de Lopetegui na hora de montar uma equipa com tantas novidades?
 
O treinador basco surpreendeu ao apresentar três estreias absolutas na Liga. Os mexicanos Corona e Layun e o jovem Rúben Neves começaram de início e também André André se pode considerar uma surpresa no alinhamento inicial.
 
Apesar das mexidas, o FC Porto terá feito em Arouca os melhores 45 minutos deste campeonato, com várias movimentações ofensivas muito interessantes, às quais só faltou dar melhor seguimento. Aboubakar deu sempre muito trabalho aos defesas contrários, mas esteve algo ineficaz na finalização, na primeira metade. André André tanto na esquerda como ao centro esteve sempre na condução de jogo e Corona mostrou que será um importante reforço para a formação azul-e-branca.
 
O Arouca não se intimidou com o adversário que tinha pela frente, pressionando a saída de bola dos azuis-e-brancos em zonas muito adiantadas do terreno desde o início da partida. Porém, o FC Porto, com Brahimi a jogar ao centro e André André a partir da esquerda conseguia confundir as marcações arouquenses e a chegar muitas vezes à zona de remate, com destaque para Aboubakar que, várias vezes, podia ter batido Bracalli.
 
Depois de alguns lances em que só faltou o último toque, aos 15 minutos, uma bela combinação entre Corona e Aboubakar terminou com um toque de calcanhar do camaronês para o mexicano vindo de trás antecipar-se a Hugo Basto para marcar logo na sua estreia. O golo tranquilizou o conjunto portista que passou a trocar mais a bola, sempre em busca de espaços para criar perigo.
 
Com o Arouca também a querer mostrar a razão de estar no topo da classificação, ainda que sem conseguir criar perigo para a baliza de Casillas, o jogo ajudou a aquecer a noite fria que se fez sentir em Arouca.
 
 Na segunda parte voltou a ser o FC Porto a assumir as despesas do jogo, e a ir em busca do golo da tranquilidade. E ele acabaria por surgir aos 61 minutos, com Corona mais uma vez a surgir oportuno ao segundo poste a emendar um remate de André André que Bracalli não conseguiu suster.
 
Com o Arouca a começar a mostrar dificuldades em criar perigo, seria o dragão a marcar pela terceira vez, desta feita por Aboubakar que, por tudo o que fez na partida mereceu o golo onde ficou com a tarefa mais fácil: encostar para a baliza um excelente cruzamento de André André. Três golos de diferença penalizavam em demasia a equipa de Lito Vidigal que, apesar de não ter criado muitas ocasiões de perigo, nunca se escondeu do jogo. Assim, já muito perto do fim, Maurides, lançado na segunda parte, fez o golo de honra da equipa da casa após um trabalho muito bom de Nildo na direita.