A Figura: Adilson
Se há um elemento que se possa dizer que é o homem da confiança de Lito Vidigal, esse é o médio brasileiro. Ao longo da época, o técnico já rodou bastante os jogadores do meio-campo – ainda que tenha estabilizado nas últimas jornadas – mas é raro abdicar do camisola 8. E se Adilson costuma passar despercebido, apesar da utilidade clara que tem no jogo do Arouca, hoje quis vestir o papel de herói, marcando o golo que colocou o Arouca em vantagem. Basso primeiro e Kuca depois tirar-lhe-iam o título de herói, mas o destaque de figura assenta-lhe bem.

O momento: Kuca dá vida à maldição (90+3')
Quando tudo parecia encaminhar-se para a conquista do primeiro ponto do Estoril de Pedro Carmona, Kuca, extremo cabo-verdiano que até já vestiu a camisola canarinha, resgatou os três pontos para o Arouca, no último momento do jogo.

Positivo: Kuca
Absolutamente decisivo... outra vez. Depois de já ter marcado o golo que valera o triunfo em casa do Belenenses, Kuca voltou a entrar em campo para fazer uma desfeita a uma equipa onde já alinhou. Quem agradece é Lito Vidigal que tem tido no banco um jogador que prova ser decisivo mesmo quando tem pouco tempo.

Outros destaques:

Jorginho Íntima
«Oh Jorginho, vamos ao golo!» O nome do jovem avançado luso-guineense já é o mais ouvido entre os adeptos do Arouca. E não é para menos, tendo em conta a preponderância que o jogador tem vindo a ganhar nas últimas jornadas, com golos e assistências a comprovarem-no. Diante do Estoril voltou a ser dos melhores, sendo protagonista das primeiras jogadas de perigo, quando só faltou melhor acompanhamento dos colegas.

Walter Gonzalez
Muito combativo, lutou por todas as bolas que chegaram à frente de ataque do Arouca. Esteve perto do golo por duas vezes, primeiro quando chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento de Jorginho (11'), e depois, a abrir a segunda parte, surgiu isolado na cara de Moreira mas viu a bola passar muito perto do poste. Saiu aos 75 minutos, muito aplaudido e com os adeptos a entoarem o seu nome. Terá sido a despedida? Não se sabe, mas que o paraguaio é muito pretendido, disso não restam dúvidas.

Anderson e Nelsinho
Os dois laterais do Arouca estiveram em bom plano nesta partida. Sem muito trabalho defensivo diante de uma equipa que atacou muito pelo meio, não se cansaram de subir pelo corredor para participara na manobra ofensiva.

Tomané
Estreia do primeiro reforço de Inverno do Arouca, e logo com uma assistência para golo. O jogador formado no V. Guimarães entrou aos 59 minutos para o lugar de Mateus e passou a ser a principal referência ofensiva da equipa, «obrigando» Walter a descair para a esquerda. À entrada dos últimos 10 minutos, recebeu um passe longo de Nelsinho e colocou a preceito para Adilson marcar o golo decisivo.

Diogo Amado
De regresso à equipa titular para substituir Afonso Taira, o capitão estorilista surgiu a comandar o setor intermediário, destacando-se na manobra defensiva, quer a cortar linhas de passe, que a recuperar algumas bolas. É também ele o primeiro a construir, partindo dos seus pés alguns passes em profundidade que colocaram a defesa arouquense à prova. Foi, de longe, o melhor elemento estorilista.