por Tomás Faustino

Nos 15 minutos que restavam do Nacional-FC Porto, o resultado não sofreu alterações. Os alvinegros foram superiores neste quarto de hora e só não chegaram à igualdade porque Jorge Sousa errou novamente.

Depois das imagens televisivas de ontem terem permitido ver que ficou um penálti por marcar a favor do Nacional, no tal lance em que Marcano cortou com a mão, o árbitro fez vista grossa a mais uma infracção do defesa espanhol dentro da área de grande penalidade, quando este pontapeou João Aurélio de forma clara.

No mais, apenas dizer que o FC Porto neste quarto de hora só se viu numa ou noutra arrancada de Aboubakar, mas Zainadine foi resolvendo.

De qualquer forma, a equipa do FC Porto soma uma importante vitória, num terreno difícil, que lhe permite manter as distâncias para os rivais e, quem sabe, superar o trauma que foi a eliminação da Champions e voltar a jogar aquilo que sabe.

CRÓNICA DOS 75 MINUTOS JOGADOS NO DOMINGO:

O mau tempo registado na Madeira impediu que o Nacional-FC Porto fosse concluído este domingo. Os 15 minutos em falta serão jogados na segunda-feira, às 12h30. Vamos àquilo que já se passou no relvado…

O FC Porto apresentou-se na Madeira com a eliminação da Champions ainda a pesar no subconsciente dos seus jogadores: a equipa revelava-se intranquila e falhava passes e recepções a uma frequência maior do que o costume.

O Nacional, aproveitando-se disso, entrou destemido e aos 3 minutos já tinha colocado outras tantas bolas na área do FC Porto, mas os cruzamentos de João Aurélio, Washington e Salvador Agra não tiveram o rumo desejado.

Na resposta, e na sequência de um pontapé de canto batido por Layún, Marcano, engenhoso, inaugurou o marcador. Dois minutos volvidos, e também na sequência de um pontapé de canto, o ‘baixinho’ Willyan fez-se grande, fugiu a Brahimi e cabeceou para o fundo das redes, restabelecendo a igualdade.

A partida iniciou-se a um ritmo frenético e o FC Porto voltaria a colocar-se em vantagem à passagem do minuto 14. Layún cruzou da esquerda, Corona falhou o remate mas acabou por colocar a bola em Herrera e este, com tudo para fazer o golo, rematou forte mas viu Rui Silva fazer uma óptima defesa, sobrando a bola então para Brahimi que, solto de marcação, só teve de encostar.

NACIONAL-FC PORTO: seguimos assim o jogo AO MINUTO

A partir daí, e aos poucos, a partida foi diminuindo de intensidade, muito por culpa do FC Porto, que se sentia mais seguro assim, rodando a bola de um lado para o outro e tentando escondê-la do Nacional. O pior é que a turma alvinegra não baixava os braços e, quando em posse, lançava a bola objectivamente para o ataque e não permitia ao adversário descansar.

Apesar da vantagem, os jogadores portistas continuavam a mostrar uma certa inquietação e falta de confiança nas suas capacidades, o que dificultava a fluidez do jogo. O que, por exemplo, ficou bem visível no lance em que Layún e Casillas complicaram o que era de fácil resolução.

A diferença mínima ao intervalo deixava grandes expectativas para a segunda parte e Manuel Machado mostrava acreditar que podia ganhar ao tirar Washington e lançar Camacho, abrindo a frente de ataque dos insulares. Posto isto, a etapa complementar começou com um ritmo alucinante.

OFICIAL: jogo será reatado na segunda-feira, 12h30

Primeiro o Nacional, com dois cruzamentos de João Aurélio na direita a fazerem a bola rondar a baliza do FC Porto sem que ninguém aparecesse para encostar – Soares chegou atrasado na primeira bola, Maxi antecipou-se ao adversário e cortou a segunda – e com um remate fraco de Willyan quando se encontrava em boa posição para finalizar.

Isto, já para não falar num lance em que o nevoeiro não permitiu analisar com exactidão, mas no qual pareceu claro que Marcano cortou com a mão dentro da área portista. Seria penálti a favor do Nacional

Depois o FC Porto, numa abertura de Aboubakar para rápida saída de Rui Silva aos pés de Corona, num remate do camaronês que permitiu a defesa de Rui Silva quando se encontrava isolado, e com tempo mais que suficiente para sentenciar o encontro, e num remate muito por alto de Herrera, desperdiçando o espaço que encontrou à entrada da área.

Depois, o nevoeiro foi-se instalando e obrigou o árbitro a fazer duas paragens que foram quebrando o ritmo de jogo, até que não estivessem reunidas as condições necessárias para o mesmo prosseguir e que levaram ao adiamento dos cerca de 15 minutos em falta para o dia de amanhã…