A FIGURA: Bas Dost, o holandês voador que domou a ave

Se começam a faltar palavras para descrever o que o avançado aporta à estratégia de Jorge Jesus, que os números o digam: 19 golos em 18 jogos na Liga. O golinho da praxe nem sempre aparece em todos os jogos, mas quando Dost abre a torneira, é quase sempre muito difícil de a fechar. Os defesas do Desp. Aves não conseguiram secar o holandês, que apontou o terceiro «hat-trick» da época e voltou a ter o papel principal em mais um triunfo dos leões. Com mais três golos, Dost ficou a dois de Jonas, líder dos marcadores da Liga.

O MOMENTO: Rúben Ribeiro nem tomou um cafezinho primeiro

Ainda há poucos dias jogara pelo Rio Ave e deixou logo marca com a camisola do Sporting. Rúben Ribeiro nem teve quase tempo de tomar um cafezinho para conhecer melhor os colegas, mas entrou em campo e parecia que já os conhecia há muito tempo. Quiçá de os ver na televisão durante todos estes anos de liga portuguesa. De Vila do Conde a Alvalade e uma assistência na estreia, para o primeiro de Bas Dost. Rúben Ribeiro deu expressão ao seu «sonho» e entrou na história do jogo aos 31 minutos.

OUTROS DESTAQUES:

Bas Dost: de novo decisivo para o desfecho da partida. Daqueles jogadores que estão sempre lá para fazer o que melhor sabem. Não precisou de muitas tentativas para marcar, aliás, afinou à primeira e finalizou à segunda, sem grande preparação. Referência importante para os colegas na frente, o holandês continua a ser um dos elementos mais preponderantes na estratégia de Jesus e terminou com mais três golos para a conta pessoal, que já leva 19.

Rúben Ribeiro: cartada surpresa lançada por Jesus, acabou por ter uma estreia de sonho, logo com assistência para o primeiro golo do encontro. Partida bem conseguida do avançado ex-Rio Ave, que passou com sucesso no desafio de encontrar um homem que «acasale» com Bas Dost.

Amilton e Salvador Agra: por estes dois, o Aves não merecia ter saído de Alvalade sem pontos. Foram uma verdadeira dor de cabeça para os defesas do Sporting praticamente durante todo o encontro, mas sobretudo no primeiro tempo, aproveitando a velocidade de execução para explorar as traseiras da muralha leonina. Amilton teve nos pés e também na cabeça a oportunidade de alimentar a crença da sua equipa em sair com um resultado melhor, mas esbarrou em Rui Patrício e, depois, com estrondo na barra, ainda antes do intervalo.