Começa bem a segunda volta para o Tondela. A equipa de Pepa venceu o Feirense por 3-1, ganha mais conforto pela manutenção e alcança o melhor ciclo na Liga, onde nunca tinha ficado sem perder durante três jornadas. Resultado construído na segunda parte, com Murilo a abrir e a fechar as contas, perante um Feirense lutador e que esteve perto de recuperar a desvantagem de dois golos.
Murilo recuperou de síndrome gripal e Pepa voltou à habitual aposta do brasileiro, na única mudança em relação ao onze que empatou com o V. Setúbal. Já Nuno Manta foi fiel ao onze que venceu na Amoreira, com a rapidez de Etebo, Hugo Seco e Farias no apoio a João Silva a procurar ditar diferenças na primeira parte.
Com disposições semelhantes, 4x2x3x1, viu-se uma primeira parte equilibrada. Muita procura pela baliza, mas poucos espaços. Tomané foi o primeiro a querer dar um pontapé no nulo. Caio estava batido, mas o remate em vólei passou a rasar o poste… do lado de fora.
Aviso sério para um Feirense que procurou saídas rápidas para o ataque através do trio de serviço a João Silva, avançado que teve pouco espaço num primeiro tempo em que os fogaceiros tentaram, sobretudo, através de livres, cruzamentos e cantos. E foi num dos últimos que os visitantes roçaram a baliza, numa cabeçada de Flávio Ramos. Até aí, o Tondela já tinha ameaçado num lance em que David Bruno viu Kakuba cortar para o ferro.
Mais frenesim só em cima do intervalo. Nos três minutos adicionais, a compensar sucessivas paragens, golo iminente dos dois lados. Caio hesitou num cruzamento de Murilo e, depois, o número 77 arrumou a casa num contra-ataque de Etebo e Farias.
Golos só no segundo tempo, com um Tondela mais eficaz e madrugador nesse capítulo. Tomané penteou a bola até esta chegar a Murilo e o resto foi com o extremo. Driblou Sony e Rocha na área, puxou para o pé esquerdo e bateu Caio Secco: minuto 47, 1-0.
O Feirense só não conseguiu reagir no imediato como sucumbiu perante a precisão de Pedro Nuno, que dobrou a vantagem (54m) num livre direto ao qual Caio Secco mal esboçou reação.
OS DESTAQUES DO TONDELA-FEIRENSE
Com o 2-0 no marcador, sem ver reação concreta junto da baliza de Cláudio Ramos e já após ver Caio negar o terceiro a Miguel Cardoso, Nuno Manta lançou Babanco e Luís Machado para os últimos 25 minutos. E bem, diga-se.
O Tondela perdeu contenção com a lesão de Bruno Monteiro. O Feirense, por si, cresceu. Luís Machado deu um primeiro aviso num remate ao ferro e João Silva, aos 74 minutos, relançou o jogo com uma cabeçada imponente a canto de Tiago Silva.
O Feirense acentuou a pressão até final. Aí, valeu ao Tondela Cláudio Ramos a segurar a diferença mínima em dose dupla. Negou o bis a João Silva e voou para evitar o empate a Luís Machado. Pouco depois, Hugo Miguel entendeu que houve motivo para expulsar Jean Sony após falta sobre Murilo a meio campo.
Duro revés para um Feirense resiliente e que acabou com tudo na área do Tondela. Mas com nada no marcador: no quinto de seis minutos de compensação, Caio subiu à área do Tondela, Sulley afastou para longe e Murilo arrancou para a baliza deserta, bisando para o 3-1 final.
