A FIGURA: Leo Bonatini

É o goleador do Estoril, com dez golos na Liga, mas nem isso parece garantir-lhe um lugar na frente de ataque. Foi o jogador mais sacrificado contra o Tondela. Começou o jogo a jogar atrás de Mendy e na segunda parte, após a entrada de Mattheus, foi empurrado para a ala direita. Um favor que se faz aos adversários? Talvez, mas quem é bom faz (quase) sempre a diferença. O mérito do segundo golo do Estoril deve-se a ele. Mas o jogo discreto que realizou deve levar o treinador a reconsiderar que funções quer atribuir ao goleador da Amoreira.

 

O MOMENTO: 2-1 para Estoril, minuto 61

O Tondela até estava a ser mais perigoso do que a equipa de Fabiano Soares. Minutos antes do lance que decidiu o jogo, Murillo quase recolocou os viseenses na frente do marcador. A frase cliché do ‘quem não marca sofre’ encaixa que nem uma luva aqui. Quase na resposta, os canarinhos passaram para a frente, num lance em que Tikito introduziu a bola na própria baliza.

 

OUTROS DESTAQUES:

Mendy: foi um dos principais responsáveis pela subida de divisão do U. Madeira na época passada. A performance na II Liga valeu-lhe o regresso ao Estoril, mas uma lesão grave no verão roubou-lhe a primeira metade da temporada. Foi a referência do ataque canarinho neste domingo. Não teve muito espaço entre os centrais tondelenses, mas procurou estar sempre ativo no jogo. Marcou o 1-1 numa recarga e estreou-se a marcar com a camisola do Estoril.

Gerso: tentou agitar o futebol canarinho pela esquerda, conseguindo por várias vezes criar desequilíbrios. Aos 45 minutos esteve perto do golo, com um remate de pé esquerdo que passou a rasar o poste esquerdo da baliza do Tondela. Ao 71’ voltou a rematar com perigo. Saiu a 15 minutos do final da partida.

Romário Baldé: foi muito provavelmente o elemento mais irrequieto do ataque do Tondela. Aos 35 minutos quase marcou o 2-1 para a equipa da Beira Alta, através de um cabeceamento que passou por cima da barra. Participou na maior parte dos ataques perigosos do conjunto de Petit. Aos 58’ pouco antes do 2-1 do Estoril, serviu Murillo com conta peso e medida mas o Venezuelano atirou ao lado.

Lucas Souza: muito forte nas batalhas a meio-campo e perigoso nas bolas paradas. Ficou a centímetros do golo na cobrança de um livre a 15 minutos do fim e voltou a ameaçar num remate em vólei. Lutou muito.