Vitória importante para as aspirações do Estoril (1-0), num jogo em que só o triunfo interessava. Halliche marcou o golo que dá esperança à equipa canarinha. Ao tranquilo Portimonense faltou remate na maior parte do jogo, e apenas nos últimos minutos conseguiu colocar em causa a vantagem do adversário.

Com mais iniciativa, os algarvios tomaram conta do jogo mas sem capitalizar esse ascendente em oportunidades claras de golo. Faltou remate às investidas e os vários cruzamentos não tiveram sequência, principalmente oriundos do corredor direito devido à liberdade dada a Wellington e Hackman, que aproveitaram a deficiência do Estoril a defender. Faltou ajuda do extremo, Ewandro ou Victor Andrade, que à vez trocavam de posição, a Ailton, que «apanhava» com os dois jogadores do Portimonense em cima.

Por isso, foi inconsequente o domínio do Portimonense, que na primeira parte efetuou apenas três remates que colocaram em dificuldade Renan, ambos por Nakajima. Faltou, pois, remate aos algarvios e sobraram cruzamentos para a terra de ninguém, ou para alguém que chegava sempre atrasado no momento da finalização.

Com menos bola, o Estoril espreitava possibilidades de surpreender e foi assertivo nas saídas, sendo bem mais perigoso que o adversário. Com Pêpê e Lucas Evangelista no comando, os canarinhos foram mais rematadores.

Neste particular, os dois jogadores equivaleram-se, com destaque para uma bomba do médio emprestado pelo Benfica que deixou Ricardo Ferreira sem reação, com a bola a passar ligeiramente ao lado do poste esquerdo, e para uma jogada individual do brasileiro emprestado pela Udinese, que à beirinha do intervalo podia ter sentenciado o jogo em jogada individual que o colocou na cara do guarda-redes do Portimonense, excelente na defesa.

Esta perdida surgiu dois minutos depois de o Estoril ter chegado à vantagem, por Halliche, que surgiu nas costas de Rafa para encostar na sequência de um livre de Pêpê. Quatro minutos antes o argelino também foi protagonista de uma situação que poderia ter causado calafrios à sua equipa, ao deixar escapar Wellington derrubando-o depois dentro da área. A decisão do árbitro Hélder Malheiro - que apontou grande penalidade - foi revertida por indicação do VAR e pela visualização das imagens, que detetaram irregularidade no domínio da bola de Wellington, feita com o braço.

A segunda parte abriu com nova oportunidade desperdiçada pelo Estoril, por Allano e evitada por mais uma grande intervenção de Ricardo Ferreira.

A perder, Vítor Oliveira recorreu a Pires para alargar a frente de ataque, mas as dificuldades foram as mesmas e a falta de remate continuou a marcar a equipa. O Estoril foi resistindo, e bem. Embora fosse perdendo algum tempo, procurou manter os algarvios distantes da sua baliza e só nos minutos finais a vitória dos canarinhos esteve em causa, sendo Renan decisivo por duas vezes: aos 79 minutos defendeu com a ponta dos dedos um desvio de cabeça de Dener e nos descontos evitou em cima da linha um cabeceamento de Lucas, quando os adeptos da casa já festejavam.

Pires ainda falhou depois bem posicionado e o Estoril respirou após o último apito de Hélder Malheiro, conquistando uma vitória muito importante na luta pela permanência.