*Por Francisco Sousa

Numa tarde em que ir ao futebol teve descontos de primeira classe (cada sócio da Briosa podia «convocar» onze pessoas para ir ao futebol, de forma gratuita), a Académica conquistou três importantíssimos pontos perante um Nacional que vinha em fase ascendente desde o início do novo ano civil. Para a formação orientada agora por José Viterbo (dez pontos em apenas quatro partidas no banco dos conimbricenses!), este foi o primeiro triunfo caseiro em onze meses, em jogos a contar para o campeonato.
 
O 2-1 desta tarde supôs uma espécie de afastamento em definitivo dos fantasmas de um passado recente para a Briosa. A equipa controlou o jogo sem grandes problemas de fio a pavio, perante um Nacional que apenas reagiu na segunda parte e de forma muito desgarrada.
 
Mas, vamos por partes: na primeira, os academistas entraram melhor, pareciam um pouco mais consistentes, mas o atrevimento e a produção ofensiva de qualidade foi escassa, de parte a parte. Até que, à passagem da meia hora, apareceu em ação um dos homens do jogo: Marcos Paulo. O criativo brasileiro executou um livre direto à entrada da área de forma irrepreensível, deixando os estudantes em vantagem numa altura muito boa do jogo. 


Até ao intervalo, de registar a saída por lesão do francês Makonda, que deu lugar a outros dos homens decisivos da tarde, Lucas Mineiro.
 
Ao intervalo, Manuel Machado decidiu deixar no banco a dupla egípcia Aly Ghazal-Gomaa, lançando os brasileiros Willyan e Wagner. Em boa verdade, os nacionalistas cresceram um pouco e Marco Matias podia ter empatado o jogo logo a abrir o segundo tempo. 

O atacante da formação madeirense foi um dos jogadores em foco nos últimos 45 minutos, tendo criado mais um par de ocasiões de real perigo junto da baliza de Cristiano.

Do outro lado, a Briosa ia mantendo a consistência defensiva e boa organização tática e conseguiu aumentar o marcador, a cinco minutos dos 90 min., num lance construído entre dois suplentes: o extremo Hugo Sêco, lançado no decorrer do segundo tempo, isolou Lucas Mineiro, que não se fez rogado e bateu Gottardi de forma inapelável.

Um golo que desatou a euforia no Cidade de Coimbra, entusiasmado perante a perspetiva iminente de um primeiro triunfo em casa esta época.
 
O pénalti cobrado por Marco Matias, a castigar falta sobre o mesmo, nos derradeiros segundos do tempo de compensação, não foi suficiente para fazer abanar a Briosa. Foi, isso sim, uma justa consolação para um jogador que tentou agitar o jogo e foi um dos melhores em campo.
 
Pouco depois, o árbitro deu o jogo por concluído de seguida e a equipa da Académica pôde então comemorar uma justa e importante vitória sobre uma equipa que é de ondas: ora consegue resultados e exibições de acordo com o seu estatuto de candidata à Europa, ora soma prestações menos conseguidas e que a deixam mais longe...