A FIGURA:

Brahimi: Depois de meses aparentemente longe das contas de Nuno Espírito Santo, o argelino parece ter voltado para ficar. Com um golo, uma assistência e vários lances em que arrancou com a bola colada ao pé para criar perigo junto da baliza do Marítimo, Brahimi foi preponderante no triunfo do FC Porto. Voltou a deixar boas indicações relativamente ao jogo coletivo, ajudando nos momentos defensivos e soltando a bola nos momentos certos.

O MOMENTO:

Brahimi, de equipa, dá o golo a André Silva: Lance de insistência do FC Porto junto à área do Marítimo, com a bola a sobrar para Brahimi. O argelino levantou a cabeça e descobriu André Silva a fazer o movimento em direção à baliza. O passe deixou o jovem ponta-de-lança na cara do golo e o número 10 azul e branco não desperdiçou: 2-0 aos 67 minutos.

OUTROS DESTAQUES:

Danilo: Um verdadeiro pilar no meio-campo azul e branco. Mais uma grande exibição do trinco do FC Porto que, jogo após jogo, vai colhendo alguns dos louros do assinalável registo defensivo dos dragões. Muito forte nos duelos individuais e sempre bem posicionado, Danilo anulou praticamente todas as iniciativas do Marítimo pelo corredor central.

Felipe/Marcano: Mais uma vitória do FC Porto, mais uma exibição praticamente perfeita da dupla de centrais azul e branca. Agressivos, rápidos e solidários, Felipe e Marcano voltaram a revelar um bom entendimento, sobretudo na capacidade de se compensarem. Na única falha em que cometeram enquanto dupla, Djousse aproveitou para marcar o golo de honra dos visitantes. Felipe escorregou, Marcano não conseguiu encurtar o espaço e o avançado do Marítimo atirou para um grande golo.

Óliver: Pegou na batuta e assumiu o comando da orquestra, mais uma vez. Voltou a caber a Óliver a função de assumir a construção de jogo do FC Porto e o espanhol não desiludiu. Praticamente todos os lances ofensivos dos dragões passaram pelos pés do médio espanhol, que soube sempre o que fazer com a bola.

António Xavier: Foi quase sempre pelo flanco esquerdo e pelos pés de António Xavier que o Marítimo criou calafrios. Destemido, o extremo português protagonizou alguns duelos com Maxi Pereira e foi responsável pelas saídas bem sucedidas do emblema madeirense na primeira parte, permitindo à equipa sacudir a pressão azul e branca. Foi substituído ao minuto 64, quando estava a ser um dos melhores dos insulares.

Djousse: Autor do golo de honra do Marítimo - e que golo -, Djousse foi o responsável por quebrar a impressionante série defensiva do FC Porto, 744 minutos depois. Aproveitou uma rara falha da dupla Felipe/Marcano para atirar colocadíssimo ao ângulo direito da baliza de Casillas. Grande momento no Estádio do Dragão.