Por Paulo Graça
A FIGURA: Salvador Agra
Marcar um golo daquela qualidade, só por isso, já merece o destaque. A execução técnica é perfeita, a colocação do remate em bicicleta foi letal para Gottardi. Ainda tentou outros remates mas sem o sucesso. Continua, muitas vezes, a querer fazer tudo sozinho, mas mexe (e de que maneira) com o jogo ofensivo do Nacional. Foi dele a assistência para o golo de Bonilla, que sentenciou o jogo.
O MOMENTO: Minuto 31, bicicleta para a história
Um golo de bandeira e que veio na melhor altura. Uma bicicleta daquelas, dentro de área e protagonizada por um dos jogadores mais baixos é de se lhe tirar o chapéu. Um momento de que fica marcado pelo golaço de Salvador Agra.
OUTROS DESTAQUES
Rui Silva: duas defesas espantosas, a duas oportunidades de luxo dos verde-rubros. Não fosse a capacidade de reação a dois remates quase à queima-roupa, um de Baldé e outro de Edgar Costa, a bola acabaria na rede alvinegra. Muitas vezes criticado, desta feita os três pontos também foram agarrados pelas suas luvas.
Victor Garcia: boa primeira parte, muito bem na antecipação a Xavier e a Fransérgio em dois lances que podiam ter criado perigo para a baliza de Rui Correia. Foi, de longe, a melhor unidade defensiva da equipa de Manuel Machado, e ainda teve disponibilidade para ajudar no ataque.
Dyego Sousa: fez três passes de bandeja a colegas. Um a Fransérgio, outro a Edgar Costa e outro a Samuel. Ainda jogou muito de costas para a baliza, nos apoios aos seu médios e extremos. Boa prestação do avançado brasileiro, que merecia estar melhor rodeado.
Erdem Sen: boa prestação no meio-campo defensivo, jogando quase sempre ao primeiro toque. Foi um tampão, mas arriscar-se por terrenos mais adiantados. Ainda assim, foi dos melhores jogadores verde-rubros.
Jota: Muito bem e muito concentrado ao longo do jogo. Rematou muitas vezes, ainda que com pouca pontaria. Ganhou muitos lances e foi um dos esteios da equipa de Manuel Machado. Muito do mau jogo de Fransérgio passou pela capacidade que teve para matar o jogo ofensivo do Marítimo. De dispensado passou a indispensável.
