A FIGURA: Vítor Gomes
É o maestro do futebol do Moreirense. Com toques de classe a espaços, só é pena não conseguir ser mais consistente nas suas exibições. Com isso, perde a equipa, mas perde também quem gosta de futebol e tem em Vítor Gomes um executante de excelência, mas só a espaços. É ele o autor da falta que permite ao Arouca colocar-se em vantagem através da marcação de uma grande penalidade, mas já merecia o destaque pelos pozinhos de magia que foi trazendo à partida. Porém, o capítulo final ainda estava por escrever, e o número 23 dos minhotos acabaria por se tornar na figura da partida, ao converter o penalti que deu um triunfo muito saboroso.

O MOMENTO: Vítor Gomes não treme (93’)
O jogo encaminhava-se para o fim, com a incerteza no marcador a ser mantida pela postura ofensiva do Arouca, em busca dos três pontos. Porém, no último suspiro, o Moreirense aproveitou um contra-ataque para chegar à área contrária, vendo Boateng ser derrubado na área de rigor. Grande penalidade assinalada, e Vítor Gomes, um dos mais experientes dos cónegos a assumir a responsabilidade. Não tremeu, e a sua equipa leva três preciosos pontos para Moreira de Cónegos.


OUTROS DESTAQUES:

David Simão
Está a atravessar o melhor momento da época, cotando-se como imprescindível na manobra da equipa de Lito Vidigal. Todo o futebol ofensivo dos arouquenses passa pelos seus pés. À semelhança do que já tinha acontecido no último jogo em casa, o número 8 do conjunto da serra da Freita voltou a colocar a equipa em vantagem, com um golo na transformação de uma grande penalidade. Na segunda parte foi o primeiro sacrificado por Lito Vidigal, não escondendo o seu descontentamento com a saída logo aos 54 minutos.

Iúri Medeiros
De regresso a uma casa onde foi muito feliz na época passada, o extremo cedido pelo Sporting aos minhotos mostrou a razão por ter deixado tantas saudades em Arouca. Tanto à esquerda como à direita, as suas arrancadas criaram sempre perigo para a defensiva contrária. Foi dele o cruzamento teleguiado, que permitiu a Sagna fazer o 1-1. Na segunda parte perdeu algum fulgor, e acabou por ser substituído a cerca de 15 minutos do fim. No momento da saída, o público de Arouca não se esqueceu de tudo o que o jovem fez pela equipa na temporada passada, e aplaudiu de forma bem audível.

Gegé
O central cabo-verdiano aproveitou bem a ausência de Hugo Basto para mostrar a Lito Vidigal que é uma opção válida. Destacou-se sobretudo em lances ofensivos, onde lhe faltou o acerto necessário para aproveitar os lances consecutivos que ganhou.

Nuno Coelho
O capitão arouquense estava a ser, como habitualmente, o pêndulo da equipa. Parece estar sempre no sítio onde é preciso conseguir os equilíbrios, e isso só se consegue com uma leitura perfeita de cada momento. Perdeu uma excelente oportunidade para colocar a sua equipa a vencer por 2-0, quando, aos 23 minutos cabeceou por cima da baliza de Stefanovic. Acabou por manchar a excelente exibição que estava a rubricar quando, já em período de descontos, cometeu uma grande penalidade sobre Boateng, que acabou por dar a vitória ao adversário.

Boateng
Entrou a cerca de 15 minutos do final para fazer valer a sua velocidade, num momento em que a sua equipa passava mais tempo a defender. Miguel Leal veria a sua ideia dar frutos, quando o camisola 29 entrou na área, já nos descontos, sendo derrubado por Nuno Coelho. Com esse lance, o ganês fez valer cada um dos cerca de 15 minutos que esteve em campo.