* por Nuno Dantas

Está consumada a descida do Gil Vicente à II Liga, quatro anos depois. A formação barcelense perdeu esta tarde no reduto do Penafiel, que também já tinha o destino traçado rumo ao segundo escalão, por 2-1 e consumou a descida à divisão de onde saiu em 2011. O galo vinha agonizando na I Liga e dando sinais de que só por milagre conseguiria a permanência. E na próxima época, ao contrário da lenda do Galo de Barcelos, este galo não se vai levantar e cantar na primeira divisão. Desta feita, José Mota não conseguiu o impossível: manter o Gil Vicente na I Liga.

DESTAQUES EM PENAFIEL: o possível e o impossível nas luvas de Adriano

O Penafiel foi sério. Já despromovido, jogou para ganhar. E ganhou. O Gil Vicente entrou melhor dando indicações de que iria lutar até à exaustão pela manutenção. No entanto, o ímpeto inicial foi sol de pouca dura. A turma duriense rapidamente equilibrou e a partida passou a jogar-se no meio campo. Os dois guarda-redes eram meros espetadores, sendo chamados a intervir para apenas encaixar. Os da casa tentavam chegar ao ataque com um futebol apoiado, enquanto os gilistas tentavam jogar direto em Simy ou nas alas, para a velocidade de Diogo Viana e de Yazalde.

Mas o que se assistiu foi bola cá, bola lá, jogada quase sempre pelo ar provocando, por certo, dores de pescoços aos poucos adeptos que assistiam ao jogo no Estádio 25 de Abril. Os motivos de interesse foram quase nulos, por isso, a igualdade ao intervalo era justa e castigava a falta de acutilância ofensiva das duas formações.

No reatamento, Guedes marcou logo no primeiro minuto e desestabilizou ainda mais a frágil equipa gilista. O golo transfigurou o jogo, que ganhou velocidade e emoção. Muita emoção. José Mota reagiu e esgotou as substituições aos 60 minutos. E arriscou. Tirou um central e passou a jogar com apenas três defesas. A frente de ataque foi alargada a quatro jogadores e acabou por dar frutos, com o empate apontado por João Vilela.

O tempo passava, o Gil apertava, porém o golo não surgia. Carlos Brito refrescou o ataque e foi a morte do galo. A turma duriense dispôs de quatro ou cinco oportunidades de golo que Adriano Facchini foi defendendo. No último suspiro, Mbala deu a machadada final aos gilistas. Estava consumada a quinta vitória do Penafiel no campeonato e a descida de divisão dos barcelenses.