A FIGURA: Filipe

Percebe-se porque é que o FC Porto é a defesa menos batida do campeonato, mesmo tendo sofrido o primeiro golo ao fim de seis jornadas. Implacável no posicionamento defensivo, foi quem afastou a grande fatia das bolas colocadas pelo Rio Ave na área de Casillas. Com um Marcano cumpridor na parelha, muito se deve à segurança defensiva portista o pouco que se viu de concreto no ataque dos vilacondenses. Assegurou com afinco a vantagem mínima nos minutos finais.

O MOMENTO: Marega, a eficácia no meio da desordem (67’)

Ainda o jogo estava numa fase de expetativa após o 0-1, com cautela do Rio Ave em procurar o empate e do FC Porto na procura de sentenciar, quando Marega – num dos muitos arranques pela direita – potenciou a equipa para o ataque. Tentou cruzar, a bola sobrou para Brahimi e o argelino colocou atrasado na área para o remate certeiro do maliano. Sem hipóteses para Cássio e o 0-2 no marcador.

OUTROS DESTAQUES

Danilo: preponderante para desbloquear o 0-0, com uma cabeçada tão eficaz quanto oportuna a canto de Alex Telles. Anulou bem algum do jogo interior adversário, com a atenção necessária para anular a velocidade de Rúben Ribeiro ou Barreto.

Nuno Santos: saltou para o onze fruto do castigo de Geraldes, pontuando uma exibição esforçada em prol do coletivo, reforçada com o golo. Se menos profundidade ou criatividade existiu no último terço atacante, esta foi dada em parte pelo extremo. Alguns rasgos interessantes junto à área contrária não permitiram descanso ao FC Porto.

Marega: galgou alguns quilómetros pouco concretos. A técnica é pouca técnica, às vezes meio aos repelões com a bola. Contudo, a ele se deve a consolidação da vantagem portista, num remate seco na área a passe de Brahimi. Já tinha cheirado o golo na primeira parte, num potente remate a roçar o ferro.

Marcelo: pesem os dois golos sofridos, atuação coesa no centro da defesa do sub-capitão de equipa. Cortou bolas apetecíveis para Aboubakar ou Otávio, soube ser simples e prático para iniciar a transição defesa-ataque: a jogar pelo solo quando possível, a pontapear para longe na dificuldade.