Um livre irrepreensível de Bressan aos sete minutos, e um remate de belo efeito de Fábio Martins aos 80, decidiram a partida para o Desp. Chaves frente a um Arouca, que remou sempre contra a maré do resultado desfavorável e que esteve por cima no jogo durante vários períodos. Com 32 pontos flavienses têm a manutenção muito bem encaminhada em época de regresso à Liga.

Após o empate forasteiro em Setúbal, Ricardo Soares fez apenas uma alteração, forçada, no onze, com Nuno André Coelho, limitado na véspera do jogo, a ficar no banco, dando espaço à estreia de Victor Massaia no centro da defesa.

Já o Arouca, na estreia de Manuel Machado à frente da equipa, apresentou duas alterações, com André Santos, que ficou no banco, e Jeffre, que saiu da convocatória, entrando para o onze Nuno Valente e Anderson.

Ainda com pouco para contar, os flavienses abriam o marcador, num livre irrepreensível de Bressan, no seu primeiro golo com a camisola do Chaves, cobrada após falta conquistada por Pedro Tiba a Nelsinho. Logo aos sete minutos os transmontanos voltavam aos golos, após três partidas em branco.

Em 30 minutos de superioridade, a equipa de Ricardo Soares teve condições para resolver o jogo, frente a um Arouca algo perdido e que demorou a encontrar-se. Sempre que os da casa não tinham a bola, lutavam até à exaustão por ela e, depois, geriam o jogo a seu belo prazer, com Pedro Tiba a assumir-se como grande timoneiro do meio campo.

Oportunidades, essas, nem vê-las, quer para um lado quer para o outro, mas o quarto de hora final do primeiro tempo teria uma história diferente para contar. Como que por um ‘click’, e muito por culpa de Kuca, que decidiu pegar no jogo, a formação visitante melhorou e muito.

Aos 30 minutos a melhor situação de golo para o Arouca surgiu pela direita, com Anderson a cruzar e a obrigar Massaia a um corte difícil que ficou nos pés de Tomané, mas o remate para golo foi travado por António Filipe com uma grande defesa.

O avançado do Arouca, Tomané, teve o golo nos pés em mais uma ocasião. Aos 33, Mateus serviu o atacante que atirou de calcanhar, mas o guarda-redes do Chaves voltou a mostrar segurança.

Antes, após um canto, já Jubal tinha ficado perto de marcar de cabeça, mas o central não teve pontaria e aos 38 minutos foi Ponck a tirar o «pão da boca» a Nuno Valente, que seguia isolado mas o central conseguiu recuperar em esforço. A última situação da primeira parte surgiu aos 41 minutos, com Mateus a tentar a meia distância mas mais uma vez António Filipe não foi na conversa.

Com vontade de resolver cedo o jogo, os transmontanos podiam ter aumentado a vantagem logo aos 52 minutos, num momento de inspiração de Rafa que atirou a contar de fora da área mas Bolat negou o golo ao defender para canto.

Era, no entanto, o Arouca que se mantinha por cima no encontro, com mais posse de bola, enquanto o Chaves se lançava sempre que podia em ataques rápidos.

Faltava esclarecimento na frente à equipa visitante e, quando havia, não levava o melhor destino. Tomané aos 57 minutos voltou a estar perto de marcar, servido por Mateus, mas atirou às malhas laterais.

A vontade em empatar o jogo expôs a equipa de Manuel Machado e as situações de perigo começaram a surgir. Aos 63 minutos, Davidson libertou Braga pela esquerda que serviu Rafa na área, mas o avançado, de primeira, disparou por cima. Depois, aos 66, o próprio Davidson, servido por Braga, ficou na cara do golo, mas disparou cruzado, com a bola a sair ao lado do poste de Bolat.

Foi preciso chegar aos 80 minutos, mas a equipa de Ricardo Soares viria a aproveitar os espaços deixados pelo adversário.

Depois de William e Davidson não se terem entendido, a bola foi parar aos pés de Fábio Martins que voltou a tirar um «coelho da cartola». Num remate de fora da área colocadíssimo, fez um golo de levantar o estádio e que tirou as dúvidas do desfecho da partida. Era a melhor forma de terminar a partida e até final o Chaves comandou as operações.