O contraciclo continua, mas de forma ténue. O Estoril aumentou para três o número de jogos sem perder, o Moreirense continua sem ganhar depois da conquista da Taça da Liga com o empate desta tarde entre os dois emblemas. Resultado (1-1) penalizador para o Moreirense, que assumiu as despesas do jogo e viu a equipa da Linha chegar ao empate a cinco minutos dos noventa, com um autogolo.

Para trás ficam duas bolas enviadas aos ferros da baliza do Estoril, dois golos anulados por fora de jogo e mais uma série de lances sancionados pelos árbitros assistentes. Foi dessa forma, subindo as linhas para apanhar os velocistas axadrezados na malha do fora de jogo, que o Estoril conseguiu suster o maior ímpeto dos Cónegos, mas faltou depois capacidade criativa e de construção de jogo.

Separados apenas por um ponto, os dois emblemas tinham no embate desta tarde dose acrescida de impotências, mas o Estoril sofreu um retrocesso na recuperação a nível exibicional, demonstrando poucos argumentos. Ainda assim, consegue um ponto e não se deixa ultrapassar pela equipa de Inácio.

Mais Moreirense, mas em posição irregular

A equipa da casa, o Moreirense, entrou claramente melhor no jogo apesar das quatro alterações, três delas forçadas, em relação ao jogo com o Sporting. Logo aos quatro minutos Diego Ivo, uma estreia absoluta na Liga, abanou as redes canarinhas, mas estava assinalado fora de jogo.

Aliás, um dos grandes duelos da primeira metade foi precisamente do ataque do Moreirense contra a defesa subida do Estoril, que deixou constantemente os dianteiros de Augusto Inácio em posição irregular.

Mesmo assim, quando se conseguiu desenvencilhar da estratégia adversária, o Moreirense ainda enviou duas bolas aos ferros. Boateng foi o primeiro a fazer estremecer o travessão depois de um desentendimento entre a dupla de centrais da equipa da linha. O remate com o pé esquerdo deixou Luís Ribeiro sem reação.

Depois foi Roberto a tentar fazer um chapéu ao guarda-redes do Estoril, mas a bola embateu caprichosamente quando quase já se gritava golo. Grande momento do avançado. Pelo meio fica uma série de cruzamentos venenosos e lançamentos para o ataque que, invariavelmente foram travados em fora de jogo.

Sougou desata o nulo, mas Rebocho não quebra a malapata

Pouco Estoril em Moreira de Cónegos, a equipa de Pedro Carmona a não confirmar os índices de retoma evidenciados nos últimos jogos. Apenas de livre, apontados por Kléber e sem grande perigo a equipa da linha ia esboçando reagir à superioridade do Moreirense.

Foi por isso sem surpresas que os Cónegos se adiantaram no marcador nos minutos iniciais da segunda metade. Sougou conseguiu iludir a marcação adversária depois de um lançamento de Cauê, desviando depois o esférico do guarda-redes Luís Ribeiro. Desta vez nem o fora de jogo conseguiu resgatar o Estoril.

Contudo, Inácio mexeu na equipa e, a exemplo do que aconteceu diante do Sporting, o Moreirense encolheu-se em demasia, abrindo espaço a um crescimento tímido do Estoril.

Os Cónegos puseram-se a jeito e a cinco minutos dos noventa o Estoril chegou ao empate com um autogolo de Rebocho. Cruzamento de Tocantins da esquerda, o lateral esquerdo do Moreirense a introduzir a bola na própria baliza ao tentar impedir que Licá chegasse ao esférico.

Dois pontos perdidos para o Moreirense, em grande dose por culpa própria com o adormecer depois do golo apontado. Bónus para o Estoril, que mesmo sem construir nenhum lance de perigo com cabeça, tronco e membros, conseguiu o empate.