A FIGURA: (São) Rui Patrício

Provavelmente, Rui Patrício estaria à espera de uma noite menos trabalhosa na celebração do 400.º jogo oficial com a camisola do Sporting. Acontece que raramente teve tempo para descansar. Com a defesa do Sporting completamente desnorteada (principalmente na primeira parte), acumulou defesas de elevadíssimo grau de dificuldade. Entre os 10 e os 25 minutos foram pelo menos quatro que negaram que os vilacondenses não só marcassem como construíssem até um resultado dilatado.

 

O MOMENTO: golo do de Alan Ruiz, minuto 20

Até ao golo do argentino, os leões já tinham passado por vários calafrios. Numa das poucas jogadas de desequilíbrio da equipa de Jorge Jesus ao longo do jogo, Alan Ruiz foi lesto no aproveitamento de uma defesa incompleta de Cássio. O golo não estabilizou o Sporting, mas permitiu aos leões abordarem o resto do jogo, principalmente a segunda parte, com prudência. E acabou por chegar.

 

OUTROS DESTAQUES

William Carvalho: na primeira cometeu um deslize que poderia ter custado caro ao Sporting, mas revelou-se incansável nas tarefas de contenção do meio-campo dos vilacondenses. Excelente recuperação de bola, arrancada notável e discernimento na abertura para a direita no lance do único golo do jogo. Segunda parte segura, a não permitir veleidades a quem andou no seu raio de ação.

Alan Ruiz: depois de um início de época modesto o avançado argentino, que Jesus chegou a dizer que andava a «gasóleo», parece estar definitivamente a carburar. Hoje não esteve particularmente inspirado, mas somou o terceiro jogo seguido a marcar. Saiu pouco depois da hora de jogo para dar lugar a Daniel Podence.

Krovinovic: um dos elementos mais valiosos da equipa de Luís Castro. Fundamental na forma como geriu os batimentos do meio-campo vila-condense e inteligente a libertar companheiros e a aparecer em zonas de perigo. Esteve perto do golo aos 13 minutos e antes já tinha libertado Gil Dias na cara de Rui Patrício. Boa primeira parte do médio internacional jovem pela Croácia, que foi mais vigiado nos segundos 45 minutos.

Rúben Ribeiro: foi sempre um quebra-cabeças para os homens mais recuados da equipa de Jorge Jesus. Schelotto teve muitas dificuldades para limitar-lhe a ação, até porque o extremo irrequieto extremo dos vilacondenses explorava muitas vezes zonas centrais. Foi daí que rematou colocadíssimo aos 25 minutos para enorme defesa de Rui Patrício, que negou ao Rio Ave o golo do empate.

Gil Dias: assinalaram-se precisamente neste sábado cinco meses desde que o jovem extremo se deu a conhecer com uma extraordinária exibição contra o adversário desta noite. A qualidade técnica acima da média já não é, por isso novidadade. Sempre muito móvel, criou vários desequilíbrios e também esteve perto de voltar a marcar ao Sporting. A única nota negativa residiu no facto de ter permitido a William a recuperação de bola que deu origem ao 1-0.