O Portimonense voltou às vitórias num jogo em que não merecia de sofrimento final, que só aconteceu em virtude de diversas oportunidades falhadas num duelo em que o japonês Shoya Nakajima foi a grande figura, ao apontar os dois golos da equipa algarvia, com Etebo a reduzir para os fogaceiros.

O Portimonense está em crescendo e confirmou o excelente jogo na Luz, na última jornada, enquanto o Feirense justificou o bom campeonato que está a fazer, tendo antes desta noite perdido apenas diante do Sporting.

Técnica e velocidade no último terço são argumentos que sobressaem nos jogadores do Portimonense, que, quando as coisas saem bem (como foi o caso) complicam muito a vida aos adversários.

Paulinho, Wellington, Fabrício e, principalmente, Nakajima, estiveram endiabrados e causaram muitas dores de cabeça ao último reduto do Feirense, num estado que se prolongou durante muito tempo, porque os algarvios não abrandaram, mesmo depois de aos vinte minutos estarem com dois golos de vantagem, com Nakajima a bisar.

Apenas houve marcha-atrás quando o Feirense intensificou a pressão nos últimos minutos, à procura do empate. E a verdade é que os visitantes nunca conseguiram respirar com conforto, nem mesmo após receber uma injeção de moral com o golo de Etebo, ainda na primeira meia-hora.

Só a espaços os fogaceiros conseguiram ameaçar, mas mesmo assim tiveram oportunidade de evitar a derrota, principalmente na segunda metade, em remates de Etebo só com Ricardo Ferreira pela frente e de Kakuba, num disparo cruzado. Por seu lado, o Portimonense teve inúmeras oportunidades para ter um final de jogo descansado, e tal só não aconteceu devido à falta de pontaria, principalmente de Fabrício, que falhou dois golos cantados, e Wellington, com um remate muito por cima, em pleno coração da área. Nakajima poderia abrilhantar ainda mais a sua noite, num remate em jeito parado por Caio Secco, com um desvio para canto.

Vítor Oliveira via a sua equipa falhar oportunidades para matar o jogo e, não vá o diabo tecê-las, para tentar prevenir o previsível crescimento dos visitantes à medida que os minutos escoavam e colocou Rosell como duplo-pivot, ao lado de Pedro Sá.

Os algarvios conseguiram aguentar a pressão final, com alguns sobressaltos, como o tal remate cruzado de Kakuba, e alcançaram a segunda vitória no campeonato. Ainda assim, não havia necessidade de tanto sofrimento no final...