A FIGURA: Danilo Pereira

No desarme, nas transições, na forma como galgou quilómetros e como não deixou de ter a baliza na mira. Não faltam argumentos para enaltecer o trabalho do médio-defensivo portista. Com o FC Porto a jogar com dois extremos abertos e só com dois elementos no eixo do meio-campo, a segurança e liderança de Danilo voltou a ser decisiva na zona nevrálgica do terreno. Para culminar mais uma grande noite, merecia ter feito aquele golo, quando, aos 53’, de fora da área encheu o pé e viu Cláudio Ramos salvar com uma palmada.

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O MOMENTO: Minuto 14. O equívoco de Sulley

FC Porto a pressionar, Tondela a resistir. Durante largos períodos do jogo, os dragões estiveram por cima, criaram ocasiões de sobra para uma vitória mais robusta, mas a verdade é que foi um golo de Marega a valer o triunfo e a liderança. Um golo que nasce de um erro crasso de Sulley, que na reposição da bola em jogo faz um passe displicente, desastrado até, para a entrada da área. Mérito de Marega, que intercetou a bola e na cara de Ramos atirou para o fundo da baliza. Um equívoco bem aproveitado a valer o salto para a liderança.

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Outros destaques:

Marega

Mais um golo decisivo na Liga. O franco-maliano leva já 15 e é o melhor marcador do FC Porto na competição. Marcou aos 14 minutos, numa jogada de antecipação, e aos 78 quase fez o segundo, ao isolar-se contornar Cláudio Ramos e atirar à malha lateral. O pulmão durou 90 minutos e os músculos também.

Felipe

Uma, duas, três vezes. O brasileiro cheirou o golo várias vezes. Não marcou, mas esteve em destaque ofensivamente. Lá atrás, o regresso de Marcano ao onze ajudou-o a ter maior consistência.

Ricardo Pereira e Alex Telles

Boa parte do jogo portista depende deles. Na frente criam desequilíbrios constantes, mas a velocidade permite-lhes recuperar, quase nunca descompensando lá atrás. Esta noite, voltaram a ser decisivos. Se Ricardo teve um par de incursões na direita que podiam ter dado golo, Telles também criou perigo nos habituais cruzamentos e bolas paradas.

Cláudio Ramos

Punhado não é força de expressão. Foi mesmo um punhado de vezes que o guarda-redes do Tondela salvou o golo portista. Com os punhos, umas vezes, lá está, outras à palmada, Cláudio Ramos foi salvando as investidas de Marega, Aboubakar e até de Danilo, de fora da área. O facto de o Tondela ter estado até ao fim a discutir o resultado muito se deve à sua grande exibição. Mais uma, que culminou com uma defesa monumental a remate de Hernâni já nos descontos.

Tomané

Se Cláudio segurou lá atrás, Tomané fazia o que podia lá na frente. Correu, deu luta e tentou, na medida do possível, prender a atenção dos centrais do FC Porto. Aos 19’ teve nos pés a melhor oportunidade dos beirões: rodou à entrada da área e rematou rente ao poste.