A FIGURA: Mika

Tal como Ventura do outro lado, não foi chamado a intervir muitas vezes ao longo dos 90 minutos. Mas, com duas defesas de elevadíssimo grau de dificuldade, os axadrezados bem podem agradecer-lhe por regressarem à cidade do Porto com um ponto. Evitou o golo a Miguel Rosa no final da primeira parte e fez a defesa da noite à passagem da hora de jogo a remate de Andric.

O MOMENTO: falhanço de Fábio Espinho (80 minutos)

Podia ser a enorme intervenção de Mika aos 60 minutos, mas Fábio Espinho teve na bota esquerda a glória. Servido por Digas, não conseguiu marcar em posição privilegiadíssima. O golo daria a vantagem ao Boavista e, com pouco tempo por jogar, provavelmente a vitória.

OUTROS DESTAQUES

Miguel Rosa: parece fora de órbita quando surge demasiado colado às laterais, mas quando aparece no meio provoca desequilíbrios e a equipa ganha logo com isso. Influente, esteve perto do golo em pelo menos duas ocasiões.

André Sousa: depois de ter jogado encostado à faixa esquerda no jogo do fim de semana passado no Bonfim, atuou nesta sexta-feira preferencialmente no centro do terreno, puxando para si o papel de organizador de jogo dos azuis. Tem um pé esquerdo acima da média (fez vários cruzamentos teleguiados) e uma visão de jogo assinalável.

Renato Santos: é um dos elementos mais irreverentes do plantel dos axadrezados. Forte no um para um, provocou alguns desequilíbrios. Nasceu dos pés dele o primeiro lance de perigo dos boavisteiros em todo o jogo, com um centro perfeito para a cabeça de Anderson Carvalho.

Henrique: esteve melhor do que Lucas, o companheiro no eixo da defesa. Muito atento às movimentações do ataque dos azuis, começou por mostrar extrema atenção ao tirar o pão da boca a Andric ao minuto 25. Jogo consistente.