Figura: Wellington

Não houve Paulinho, nem Nakajima. Jackson apenas se viu a espaços. Mas, houve e muito Wellington no jogo. Para além de ter fugido inúmeras vezes no corredor direito, foi nas diagonais de fora para dentro que o extremo brasileiro se evidenciou e conseguiu o bis. No primeiro golo, acelerou que nem uma seta mal Dener ganhou a bola e só parou para celebrar, depois de ter picado a bola por cima de Helton. Aos 77 minutos, voltou a enganar a defesa do Boavista com o mesmo momento e repetiu a frieza na cara do guarda-redes contrário. Decisivo, portanto.


Momento: minuto 21, Wellington domina a pantera

O Boavista protagonizou uma excelente entrada na partida. No entanto, Wellington atirou a pantera ao tapete com um chapéu delicioso a Helton Leite. Tudo começa numa perda de bola de Gonçalo Cardoso que Dener aproveitou para assistir o extremo brasileiro. A partir desse momento, os axadrezados nunca mais tiveram discernimento para colocar a bola no chão e encontrar os melhores caminhos para saírem do buraco que eles próprios criaram.


Outros destaques:

Gonçalo Cardoso: um regresso à titularidade para esquecer. Perdeu a bola no golo que deu origem ao golo do Portimonense e, a partir daí, mostrou-se sempre bastante intranquilo. Parecia que era a primeira vez que fazia parelha com Neris, tamanhas as vezes em que revelaram falta de comunicação. 

Dener: impressionante a entrega e a inteligência que coloca em cada ação. Mais solto do que Lucas, foi o elo de ligação entre a defesa e o ataque. O lance que dá origem ao primeiro golo de Wellington é sintomático da intensidade com que joga: a equipa perdeu a bola, Dener foi pressionar, recuperou e assistiu Tabata. Ainda fez balançar as redes, mas no lado de fora. Uma exibição afirmativa logo após a sair de Ewerton.

Rafa Lopes: não se pode apontar nada no que à entrega diz respeito. Contudo, ter disponibilidade para dividir todos os lances não é suficiente para o que o Boavista precisa nesta fase. Os axadrezados precisam urgentemente de um homem golo e o antigo internacional jovem por Portugal tarda em afirmar-se como tal. Revelou-se perdulário nas oportunidades que teve para visar a baliza de Ricardo Ferreira.