Consistente e determinado o Sp. Braga está provisoriamente no terceiro lugar. Derrubou o Marítimo naquele que foi o sexto triunfo consecutivo na Pedreira, soube reorganizar-se depois de uma primeira parte menos conseguida e partiu para uma segunda metade decisiva. Vukcevic e Paulinho deram expressão ao domínio.

Confira a FICHA DO JOGO

A equipa bracarense respira confiança e nem uma Marítimo qualificado que nas últimas jornadas recuperou terreno para o quinto lugar foi suficiente para pôr em causa a hegemonia da Pedreira, na qual apenas Benfica e FC Porto usaram roubar pontos esta época. O conjunto de Abel Ferreira iguala, com este triunfo, a melhor pontuação de sempre da história do clube.

Com o regresso após castigo de Bruno Viana e de André Horta, o técnico Abel Ferreira fez o Sp. Braga regressar àquela que tem sido a sua equipa base nos últimos jogos. Tal como o treinador prometeu no lançamento do jogo, os bracarenses mantiveram-se fiéis ao seu estilo de jogo.

Processos diferentes, proveitos semelhantes

Domínio com muita bola da equipa da casa e vários cruzamentos sempre resolvidos pelo Marítimo, mal resolvidos permitindo segundas bolas perigosas, mas resolvidos sem problemas de maior. Circulação lenta e paciente da turma de Abel a permitir um posicionamento tranquilo aos insulares.

Em contraste, o Marítimo tentou ser pragmático e vertical. Com poucos toques na bola, sem grandes aflorados, os insulares fizeram por tentar criar perigo com processos simples no plano ofensivo.

Ao fim de contas, entre o domínio pausado com posse e as tentativas repentinas, os dois conjuntos foram para o intervalo com uma oportunidade de verdadeiro perigo para cada lado. Ao doze minutos Jean Cléber atirou ao travessão da baliza de Matheus com um remate à meia volta depois de um trabalho de Pinho complementado por Joel.

À bomba de Jean Cléber o Sp. Braga respondeu com uma bomba de Paulinho, de primeira com o pé esquerdo a aproveitar a ressaca de um dos tais cortes feitos para zona proibida, a fazer a bola passar muito perto da baliza de Amir, que estava completamente batido.

Entrada de rompante contra a monotonia

A resposta do Sp. Braga no regresso das cabines foi cabal. Foi com tudo para cima do Marítimo, os insulares quase que asfixiaram em frente à baliza de Amir, sucederam-se cantos, remates e sufoco à equipa de Daniel Ramos. Sentido único no jogo, a relegar o Marítimo a um espaço reduzido e circunscrito no setor mais recuado.

Adivinhava-se o golo. Confirmou-se a sua chegada em apenas sete minutos. Foi o montenegrino Vukcevic, do alto da calma adquirida no percurso em Braga, a chegar-se à frente para adiantar os «Guerreiros» no marcador. Jogada de envolvência do ataque arsenalista, Ricardo Horta descobriu o médio em boa posição e o montenegrino enquadrou-se a baliza com o seu pé esquerdo fazendo o golo.

Seguiu-se uma tentativa de resposta do Marítimo, mas sem capacidade para fazer abalar a sólida consistência do Sp. Braga. Nem Joel, o goleador camaronês do momento, conseguiu manter a sua série de jogos a marcar. A três minutos do fim Paulinho deu a estocada final no encontro após mais um passe açucarado de Ricardo Horta.

Triunfo natural do Sp. Braga, que fez o quanto baste para voltar a pressionar o leão. Os bracarenses estão provisoriamente no terceiro lugar do campeonato, travaram a série de cinco jogos sem perder do Marítimo, e continuam a fazer da Pedreira uma força. O Marítimo pode ver o quinto lugar distanciar-se.

Confira o resumo do jogo: