De tombo em tombo e não há meio de o Estoril se reerguer e mostrar a qualidade que teve na época passada após Pedro Emanuel assumir a equipa. Aliás, está muito longe disso. Em futebol jogado e em resultados.
 
Houve algumas mudanças da época passada para esta, mas bem sabemos de quem é sempre a culpa. Aguentará Pedro Emanuel? 
 
A equipa canarinha voltou a perder esta sexta-feira, agora no arranque da nona jornada da Liga e diante do Boavista de Jorge Simão que, ainda que também tenha sido eliminado na Taça de Portugal na terceira eliminatória, tal como o Estoril, continua a subir na tabela. 
 
0-3 no António Coimbra da Mota, oitava derrota consecutiva do Estoril, a quinta para o campeonato e o último lugar na tabela. Seis pontos apenas para a equipa canarinha, resultado de dois triunfos ainda em agosto.
 
Já o Boavista soma 13 pontos e subiu, à condição, ao sétimo lugar da Liga antes de receber o FC Porto no Bessa, na décima ronda com campeonato.
 
 
Triunfo justo da equipa axadrezada que foi superior no terreno do Estoril e conseguiu traduzir a superioridade em golos. O primeiro de bola parada, o segundo após perda de bola do Estoril e que bem traduz o momento.
 
Sem Edu Machado e Tiago Mesquita, ambos lesionados, Jorge Simão voltou a apostar em Carraça - que já tinha jogado contra o Vilaverdense para a Taça - e o lateral direito, para além de ter mostrado segurança na defesa, abriu o marcador com um golaço. 
 
Minuto 20, livre frontal com David Simão também preparado para bater, mas quem bateu foi o lateral. Pé direito, a barreira abriu-
se e Moreira nem se mexeu vendo a bola entrar-lhe na baliza pelo lado esquerdo.
 
0-1 madrugador a dar conforto ao Boavista, que pouco tremeu com o Estoril. Sem Kléber, devido a castigo, Lucas Evangelista e Allano destacaram-se do outro lado, mas, ainda assim, sem conseguirem levar grande perigo à baliza de Vagner. Quando isso aconteceu - Lucas Evangelista e Lucão tentaram o golo de cabeça -, o guarda-redes mostrou-se atento.
 
Menos bem esteve sempre o meio-campo do Estoril que aos 33 minutos deixou David Simão recuperar uma bola e lançar Fábio Espinho, que acabou por desmarcar Rui Pedro e com isso deixar o Boavista chegar ao 0-2. O avançado emprestado pelo FC Porto entrou na área, levou a melhor sobre Gonçalo Brandão e rematou certeiro.
 
Pedro Emanuel mexeu de seguida, fez entrar Eduardo para o lugar do apagado Wesley, ainda antes do intervalo, mas a mudança não mudou o rumo dos acontecimentos. O Estoril melhorou um pouco, mas não o suficiente.
 
Na segunda metade, mais do mesmo, mas no geral a qualidade desceu. Notou-se bastante a falta de ritmo, provavelmente pela ausência de jogos nas últimas três semanas, mas o Boavista continuou a ser superior.
 
Algumas jogadas mais conseguidas de parte a parte, mas novo golo só já ao cair do pano. Foi Kuca, que entrou para o lugar de Mateus que, no regresso a uma casa que bem conhece, selou o marcador. Canto e remate cruzado sem hipóteses para Moreira. Foi feliz e não festejou. O momento foi delicado, como é o do Estoril neste momento.