Carlos Pereira garantiu esta madrugada estar confiante na continuidade de Daniel Ramos, mas o treinador admitiu que todos os cenários são possíveis, incluindo a saída.

Na festa da receção da equipa na Praça do Município e na Câmara Municipal do Funchal, centenas de adeptos pediram ao técnico a sua continuidade na próxima temporada, na qual o Marítimo vai marcar presença na terceira pré-eliminatória da Liga Europa. O presidente dos verde-rubros acredita que vai conseguir convencer Ramos a ficar: «Esta receção coube em fundo naquilo que é o sentimento do Daniel e naquilo que foi a aposta do Marítimo no Daniel. Tem dois anos de contrato e, por isso, acho que vai querer cumpri-lo. Participar numa prova europeia é uma etapa da sua vida, e no ano passado não pensava nela.»

Com o objetivo bem traçado de querer marcar presença na fase de grupos da prova europeia, o presidente dos insulares quer os pés «bem assentes na terra» e «sem entrar em loucuras», apesar de admitir que o investimento tem de ser maior na nova época. «Sabe perfeitamente que, ao longo deste tempo, temos conversado muito sobre a construção do futuro, que será sempre dentro das possibilidades do orçamento do Marítimo. Mas, agora, vamos tentar fazer um pouco mais e um pouco melhor», completou.

Carlos Pereira salientou ainda que os contratos são para cumprir e, caso surja uma «proposta surpreendente», irá falar com o treinador para «chegar ao melhor entendimento».

Se para Daniel Ramos continuar é considerado um cenário natural e a próxima semana decisiva para ser conhecido o futuro, a verdade é que é o próprio treinador que deixa a porta da saída aberta: «Sinto-me bem, sinto-me acarinhado. Basta ver a recetividade que tive na chegada, todo o apoio que me têm dado, isso é inegável. Estou a tentar retribuir e acho que estou a fazer de uma boa forma. Se algo de especial acontecer, será nos próximos dias, porque já estamos a planear a próxima época e é importante para um treinador sentir aquilo que quer e qual é o projeto que tem pela frente.»

Daniel Ramos lembrou que todas as possibilidades passam pelo presidente e que existe uma relação frontal e aberta entre os dois. «Poderá ser um clube que não vai à Europa ou uma equipa estrangeira. Não está em cima da mesa, mas é um cenário possível. Disse ao presidente que se acontecer algo positivo para mim, participo, e se houver uma abordagem ao Marítimo, para me dizer porque depois iremos resolver», concluiu.