O G15, movimento de clubes da I Liga que não inclui os três grandes, reuniu esta tarde na cidade do Porto, com vista à troca e apresentação de propostas para a evolução do futebol português.
À reunião, apelidada como um «momento de viragem» por António Salvador, presidente do Sp. Braga, não compareceram quatro dos 15 clubes do grupo – V. Guimarães, V. Setúbal, Portimonense e Moreirense – que, segundo o dirigente dos bracarenses, «justificaram a ausência».
Durante cerca de quatro horas, os presentes fizeram uma reflexão sobre o estado atual do futebol no país e irão apresentar propostas concretas numa nova reunião, a 29 de novembro, em Vila do Conde, conforme anunciou o presidente do Marítimo, Carlos Pereira.
«Na próxima reunião, cada um de nós fará o trabalho que pode produzir efeitos para o futebol português. Não estamos sem os três grandes, queremos que estejam connosco, mas nesta fase é importante este grupo mais reduzido. Não queremos excluir, nem Federação, nem Liga. As alterações que pretendemos não se fazem num dia», referiu o líder do emblema insular.
António Salvador defende que a reunião não foi «contra ninguém», mas sim «contra o estado atual do futebol português». «Da próxima reunião, sairão propostas concretas. Estamos contra uma viciação que tem de ser mudada. O que os três [grandes] têm de perceber é que os restantes 15 clubes fazem parte do campeonato», vincou o presidente do Sp. Braga.
Pelo meio, Salvador falou ainda do empréstimo de jogadores, para dizer que «os não grandes vão ter uma palavra muito importante na viragem do futebol português».
À saída da reunião, Álvaro Braga Júnior, presidente da SAD do Boavista, reforçou as palavras proferidas pelos colegas. «Não foi uma reunião contra ninguém. A esmagadora maioria dos clubes têm bom relacionamento com os três grandes», expôs, garantindo que o «diálogo acontecerá».
