Arouca-Marítimo, 1-0 (crónica)

Demorou três meses, mas o jejum de triunfos do Arouca ainda terminou antes do natal.

A equipa de Pedro Emanuel mereceu a vitória perante um Marítimo excessivamente cauteloso, a jogar pouco e a errar muito. 
 
Um golo de belo efeito de Roberto premiou a equipa que mais quis, que mais tentou e que mais justificou somar os três pontos. 
 
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Foi uma primeira parte equilibrada. O 0-0 premiava a clareza tática do Marítimo, apesar do maior atrevimento do Arouca.
 
A equipa da casa, a precisar urgentemente de terminar o jejum de três meses sem ganhar, bem que tentava: eram as aceleradelas de Pintassilgo; as incursões de David Simão; os remates de André Claro.
 
Mas faltou sempre... «um bocadinho assim» à equipa de Pedro Emanuel. Bruno Amaro fazia falta a meio-campo. A formação visitada tinha a iniciativa, assumia o risco, mas em boa parte do primeiro período teve coração de sobra e consistência em falta.
 
Mais tranquilo, o Marítimo ensaiava remates de longe e preocupava-se, essencialmente, em suster o ímpeto inicial da equipa da casa.
 
Com o intervalo a chegar com nulo no marcador, tudo estava, assim, em aberto para o segundo tempo.

E apareceu Roberto

O Arouca manteve a dose na segunda parte, mas desta vez o golo não demorou a aparecer: aos 49, Roberto assina belo momento, com lance muito bem concretizado. 1-0, equipa da casa na frente, com a maior justiça.

O Marítimo demorava a reagir e era o Arouca quem continuava a jogar melhor. O 2-0 parecia parte, mas Salin estava lá para evitar males maiores. 

Assim não, Xavier

Até que Xavier, que já tinha amarelo da primeira parte, em clara simulação na área, decidiu arriscar demais. Nova simulação na área, tanta era a vontade de obter uma grande penalidade.

Soares Dias não foi em cantigas, deu segundo amarelo e consequente vermelho ao avançado maritimista. 

Marítimo a perder e com menos um, mas ainda com algum tempo para evitar a derrota.

Arouca a gerir

O Arouca, mesmo em superioridade numérica, reduziu a intensidade ofensiva, olhou mais para os equilíbrios lá atrás. Balliu quase fazia o 2-0, remate ao poste, mas as oportunidades foram escasseando.

O Marítimo ainda tentou, mas com exceção dos remates de Danilo e Maazou, por cima, pouco conseguiu criar. Jogou pouco para quem queria, pelo menos, pontuar.

Ganhou o Arouca e com toda a justiça.