15 pontos e a linha de água ali tão perto. Feirense e Estoril partilhavam a mesma pontuação, mas seguiam caminhos diferentes. No frente a frente deste domingo, na Feira, venceu a equipa da casa, aquela que já seguia a direção ascendente, e conseguiu dar um salto na tabela. O Estoril voltou a não vencer e vê a vida muito complicada neste arranque de segunda volta.

Em dezembro, o chicote estalou nas duas equipas. Nuno Manta e Pedro Carmona, os senhores que se seguiram, trouxeram consigo estrelinhas diferentes. Se o treinador do Estoril ainda só conseguiu perder no campeonato, o técnico do Feirense só não somou pontos frente ao Sporting, tendo somado duas vitórias e um empate. Este domingo as duas equipas mostraram o porquê de estarem a seguir direções diferentes.

Mais esclarecidos, os homens da casa souberam reagir quando, no início da primeira parte, o Estoril cresceu no jogo. Mateus, Eduardo e Bazelyuk fizeram a bola andar muito perto da baliza de Vaná. O golo parecia ser só uma questão de tempo. E foi, só que na baliza contrária. Depois de uns minutos de equilíbrio, e desse domínio do Estoril, o Feirense pegou no jogo.

Fabinho ia subindo pelo centro do terreno, Luís Machado pela esquerda (atirou uma bola que passou rentinha à trave), Platiny aparecia sempre perto da baliza, e quando menos se esperava. A defesa estorilista ia cortando o que podia, mas, uma vez mais, o golo parecia iminente. E desta vez foi mesmo.

Ricardo Dias recuperou a bola a meio-campo, deixou para Vítor Bruno na esquerda, que subiu e cruzou para o centenário Platiny (fez este domingo o jogo 101 pelo Feirense). Saltou na área, cabeceou de cima para baixo, sem defesa para Moreira. estava aberto o marcador e o Feirense não quis deixar fugir a vantagem. Na primeira parte, o Estoril ainda tentou esboçar uma reação, mas foi tímida e sem resultados práticos.

Na segunda parte, Pedro Carmona fez entrar o reforço André Claro e Kleber para mexer no ataque. O efeito foi visível, com o Estoril a criar mais perigo, mas, ainda assim, o Feirense esteve perto do segundo. Flávio Ramos obrigou Moreira a uma grande defesa, Karamanos também não andou longe do golo. Do outro lado, Diakhite também fez a bola rondar a baliza de Vaná. E, de bola parada, o Estoril também conseguiu criar perigo.

Mas o Feirense foi fechando os caminhos, aguentou a pressão dos últimos minutos e, depois da Festa das Fogaceiras durante a semana, foi a vez de os fogaçeiros festejarem o triunfo que valeu a subida ao 13.º lugar. Sem razões para festejos estão o estorilistas, que não vencem há sete jornadas e somam seis derrotas consecutivas.