Moreirense e Marítimo empataram a uma bola no jogo da jornada 26 da Liga. Num jogo que esteve longe de ser brilhante, apenas dois golos de bola parada evitaram um nulo sem golos, que desde que a bola começou a rolar se adivinhava como o resultado mais certo.

A equipa da casa colocou-se em vantagem ainda antes do intervalo, com um golo de cabeça de André Simões. Os insulares responderam já no segundo tempo, empatando a contenda num pontapé de canto.

Depois de festejar a manutenção na jornada passada, em Barcelos, Miguel Leal não mexeu na sua equipa, comparativamente com o triunfo sobre o Gil Vicente. Já Ivo Vieira fez uma alteração em relação à equipa que perdeu nos Barreiros diante do Sporting. Fransérgio deu o seu lugar no meio campo a Theo Weeks.

Cabeça de André Simões contra o marasmo

O destaque do primeiro tempo, para além do mau futebol praticado, vai para o golo de André Simões, que pincelou com um pouco de cor um jogo muito cinzento. O médio do Moreirense bateu Salin a dez minutos do intervalo, na sequência de um livre apontado na direita por João Pedro. Cabeçada subtil a ser suficiente para abrir o ativo.

Antes disso, imagine-se, já Ivo Vieira tinha feito duas alterações na sua equipa, por opção. O treinador da equipa insular não estava a gostar do que via, e tinha razões para isso. O Marítimo fez muito pouco no primeiro tempo, não conseguindo fazer uma sequência de passes digna de registo.

Perante este cenário, mesmo não acelerando muito, o Moreirense ia fazendo o suficiente para jogar mais próximo da baliza de Salin, estando, por isso, mais próximo de abrir o ativo. Os principais lances ofensivos, ainda que não sendo de verdadeiro perigo, pertenceram à equipa da casa.

Marítimo responde, também de bola parada

Justificava-se, portanto, a vantagem do Moreirense ao intervalo. Intervalo que parece parece ter feito bem ao Marítimo, que apareceu mais espevitado depois do descanso. O conjunto de Ivo Vieira, que no primeiro tempo não dava sinais de ter capacidade para reagir à desvantagem, empatou dez minutos depois de ter sofrido golo.

Edgar Costa, que na época passada representou o Moreirense, confirmou em cima da linha de golo a cabeçada de Marega no coração da área, na sequência de um pontapé de canto. Golo sem seguimento, uma vez que o Marítimo abrandou quase que de imediato o ritmo.

Jogo pobre, em que se notou claramente a ausência de objetivos práticos de ambas as equipas. O Moreirense até já festejou a subida, enquanto que o Marítimo há muito que está arredado dos lugares europeus. Manuel Mota pôs o apito a funcionar, esperou pela conclusão do tempo de jogo e terminou o encontro. Nos últimos minutos parecia já só se jogar para isso: para cumprir calendário.