Sem vencer desde fevereiro, os transmontanos voltaram a sorrir, apesar de não terem descanso até ao fim, num duelo aberto e ao ataque diante o Portimonense. Pedro Tiba bisou e aproximou o Chaves do sexto lugar do Marítimo.

No regresso a Trás-os-Montes, depois de ter subido os flavienses à Liga em 2015/16, Vítor Oliveira foi aplaudido de pé pelos adeptos da equipa da casa, mas não foi feliz ao perder ao serviço do Portimonense, somando a segunda derrota consecutiva.

Face ao castigo de Paulinho, o lateral direito Pedro Queirós estreou-se a titular na Liga esta temporada, regressando à competição depois do último jogo em agosto. Já no meio campo, Stephen Eustáquio foi lançado a titular para o lugar de Jefferson.

Nos algarvios, Vítor Oliveira promoveu quatro alterações na sua equipa, com Pedro Sá castigado e Ricardo Ferreira e Ewerton lesionados, bem como Wellington, a saírem da equipa, entrando Leo, Dener, Bruno Tabata e Marcel.

A todo o vapor, o Portimonense entrou bem melhor no desafio, encontrando muitos espaços na defensiva flaviense. Na prática, as oportunidades foram praticamente nulas, mas ficou a melhor entrada.

Com Fede Varela a comandar as operações no meio campo, os algarvios encontraram muitos espaços em frente à área flaviense, com o argentino a lançar Nakajima, Dener e Fabrício na frente.

Flavienses responderam à melhor entrada dos algarvios

Neste período, apenas aos 12 minutos os visitantes assustaram a baliza de António Filipe, com Nakajima a atirar ao lado num remate cruzado.

O meio campo flaviense acertou as marcações e cresceu, muito por culpa das investidas de Matheus Pereira, e de Djavan, com o lateral esquerdo a ser importante na manobra ofensiva.

Aos 19 minutos, Djavan este perto de marcar, após grande combinação com Matheus Pereira, mas Leo saiu da baliza e evitou o golo. Logo a seguir, Bressan isolou-se na área e atirou a contar, mas Leo voltou a brilhar com uma estirada para canto.

Nesta fase estava bem melhor a equipa de Luís Castro, que só não ficou a vencer por falta de eficácia. Com tantas situações para a equipa da casa, parecia inofensiva a equipa de Vítor Oliveira. Mas verdade é que nas situações de potencial perigo, faltou sempre uma melhor definição no último passe, que inviabilizou mais ataques. 

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Assim, só o Chaves criava perigo e, já aos 26 minutos, William desviou por cima um livre de Bressan. Aos 30’, obrigou Leo a nova intervenção e Bressan, na recarga, foi desarmado no momento exato.

A intensidade na partida refletiu-se nos minutos finais, onde as equipas acalmaram o ritmo de uma forma visível e o nulo acabou por persistir.

Pedro Tiba a dobrar

Sem esperar mais tempo, Vítor Oliveira mexeu ao intervalo lançando Galeno na frente, para o lugar de Tabata. 

Tal como no primeiro tempo, os algarvios reentraram melhor depois do descanso, mas rapidamente o Chaves voltou ao comando do encontro e a ter as melhores situações para marcar.

Com Matheus Pereira em evidência, o extremo brasileiro combinou bem com William, mas disparou ao lado, aos 51 minutos. Pouco depois, a passe de Bressan, atirou com estilo, mas ao lado.

Mas a equipa visitante demonstrou rapidamente também estar dentro da partida. Aos 57 minutos, Galeno por pouco não fez golo, num remate colocado que António Filipe defendeu para canto. No seguimento do lance, Lucas conseguiu cabecear, mas à figura, em plena grande área.

Neste jogo de ‘bola cá bola lá’, foi mais feliz a equipa da casa, com Pedro Tiba a encontrar o caminho do golo, após jogada de Davidson pela esquerda: o médio e capitão dos flavienses recebeu na área de peito e fuzilou Leo.

Reagiu novamente Vítor Oliveira com a segunda alteração, entrando Pires para a saída de Dener. O golo do empate até podia ter aparecido aos 66 minutos, com Rúben Fernandes a ficar perto de marcar de cabeça, numa bola parada. Do outro lado, houve eficácia.

Ataque rápido do Chaves, com a bola a sobrar para os pés de Pedro Tiba em plena grande área, e o capitão a ter tempo de tirar a bola do caminho de Leo e fazer o segundo da partida.

No jogo dos bancos, Luís Castro não perdeu tempo a mexer, ao retirar Bressan e ao lançar um médio mais defensivo, Jefferson, mas não foi por isso que a baliza de António Filipe ficou segura.

De bola parada os algarvios ficaram mais perigosos, e aos 76 minutos reduziram mesmo, num livre de Rafa Soares que Fabrício desviou de cabeça, para o seu 13º golo na Liga.

Com a equipa da casa a manter-se ao ataque, sem surpresas o Portimonense manteve-se vivo no encontro, ao aproximar-se da baliza de António Filipe, que aos 82 minutos evitou mesmo o empate, ao defender com os pés o remate de Galeno.

O susto fez a equipa de Chaves acalmar o ritmo. Com o jogo mais sereno, pois os transmontanos iam segurando a bola longe da sua área, apenas aos 87 minutos Pires esteve perto de empatar, a passe de Hackman. Do outro lado, aos 89 minutos, Platiny tentou dar tranquilidade à sua equipa, mas Leo não permitiu após canto.