Marítimo e Belenenses empataram sem golos este sábado na Madeira, num jogo que valeu pela segunda parte. Após um primeiro tempo disputado sem grande convicção, as ambas arriscaram um pouco mais na etapa complementar, mas o esforço de madeirenses e lisboetas acabou por não desbloquear o marcador. O nulo, ou melhor, o empate, acaba por se ajustar.  

O Marítimo de Cláudio Braga entrou em campo com o onze quase idêntico ao que utilizou na última ronda da Liga, na qual venceu por 1-0 em Vila das Aves. O pleno só não aconteceu por força do impedimento de Lucas Áfrico, na sequência da expulsão em Alvalade, em jogo para a Taça da Liga.

Já a turma de Silas, que não pôde contar com Diogo Viana, devido a lesão, registaram-se algumas alterações na defesa e meio campo, comparativamente à receção que terminou sem golos ao Vitória de Setúbal.

Se técnico dos madeirenses procurava a terceira vitória caseira na Liga e selada com uma boa exibição, o seu homólogo pretendia naturalmente o mesmo, tendo avisado que não ia à Madeira para defender.

FICHA E FILME DO JOGO

As expetativas de ambos os técnicos acabaram por não se reflectir em campo no primeiro tempo. O Marítimo só a espaços conseguiu explanar um futebol com a qualidade preconizada por Cláudio Braga, e quando o fez, foi muito graças a Danny. Muitos passes falhados e fora de tempo emperraram a boa exibição desejada pelo técnico.

Para tal também contribuiu a postura do Belenenses, que desde cedo mostrou que vinha disposto a apostar sobretudo num futebol de transições rápidas. E conseguiu-as em número suficiente para colocar a defesa da casa em sentido. Mas o Marítimo, avisado, não esteve sempre a altura para a anular o perigo.

Quando o intervalo chegou, o Marítimo tinha mais posse de bola mas menos remates que o Belenenses, só que todos eles desenquadrados com a baliza. A história dos primeiros 45 minutos teve pouca emoção e, logo, pouco futebol.

No descanso, os dois técnicos devem ter exigido mais às suas equipas. Reentrou melhor o Marítimo, que logo aos 52’, viu o argentino Correa atirar muito perto do poste esquerdo de Muriel, após recuperar uma bola perdida na grande área. O Belenenses respondeu nove minutos depois, mas Amir, a dois tempos, negou o golo a Licá, que tentou fazer um chapéu.

O espectáculo prometia. Fabrício, aos 68’, contribuiu para isso com uma bela ‘cavalgada’ que iniciou ainda perto da grande área dos madeirenses e só acabou com um disparo defendido com algum custo por Muriel. Logo a seguir, Rodrigo Pinho, que acabado de entrar para o lugar de Joel Tagueu, passou por dois adversários mas não conseguiu evitar que Sagna bloqueasse o seu remate já na grande área dos azuis do Restelo.

As substituições que começaram em catadupa a partir do minuto 60’ fizeram abrandar o ritmo do jogo, mas só até perto dos dez minutos finais. Aos 84’, Marcão cabeceou ao lado, na sequência de um livre cobrado por Edgar Costa, mas a ter entrado, não valeria, por fora de jogo.

Até ao final, mais duas oportunidades para cada, mas criadas por defesas: Sasso e Zainadine, estiveram perto de fazer auto-golo.