Figura: Corona

O melhor jogador do FC Porto. O mexicano tem participação direta no lance do 2-0 e só não deixou o relvado com um par de assistências por falta de eficácia dos seus colegas. Corona é, porventura, o jogador mais imprevisível dos dragões, pois nunca se sabe para que lado vai fintar. A essa qualidade, soma-lhe outra: joga bem com qualquer pé. O lance em que tentou arrancar uma grande penalidade é sintomático. Tudo junto, Tecatito fez Sanusi passar mal. Está um senhor lateral, ponto.


Momento: infelicidade de César e fim das conspirações, minuto 41

O livre de Corona levava perigo tamanha a colocação, potência e efeito da bola. Bastava um desvio para esta seguir o caminho do fundo da baliza de Marco. Pois bem, Danilo falhou, mas César atrapalhou-se no corte e introduziu a bola na própria baliza. O jogo ficou decidido.

Outros destaques

Zé Luís: chegou aos seis golos na Liga e igualou Pizzi no topo dos melhores marcadores. No entanto, poderia e deveria ter feito mais. O cabo-verdiano concluiu de cabeça um bom cruzamento de Danilo - feito com o pior pé -, mas desperdiçou um par de oportunidades nada habituais. Zé Luís falhou, por exemplo, à entrada da área quando tinha apenas Marco pela frente. Tirando a pouca eficácia na finalização, o avançado soube associar-se com os seus companheiros, segurou a bola e fez jogar.

Uribe: o trabalhador silencioso. É um ladrão de bolas no corredor central, daqueles que se aproxima sem ninguém dar conta, em pezinhos de lã, e recupera. Fez isso continuadamente e com uma eficácia tremenda. O colombiano é um jogador de classe, faltando-lhe apenas mostrar mais no momento ofensivo. Fez, como todas desde que chegou aliás, uma partida muito competente. Uribe é cada vez figura da equipa de Conceição.

Francisco Ramos: mostrou sempre critério na hora de lançar os ataques açorianos. Formado no FC Porto, o médio teve o mérito de nunca se esconder do jogo e apresentou-se a um bom nível. Pecou por se ter mostrado pouco agressivo nas disputas de bola, um erro crasso contra uma equipa como a azul e branca. Ouviu uma ovação (merecida, diga-se pelo que jogou) na altura da substituição.

César: o presidente do Nacional considera-o o pior central que já viu jogar. Rui Alves certamente abanou a cabeça afirmativamente enquanto assistia à exibição do central brasileiro no Dragão. César deixou fugir Zé Luís no lance do 1-0, teve a infelicidade de fazer um autogolo e por pouco não foi o responsável por outro golo portista. Uma noite tremendamente infeliz.