FIGURA: MURILLO
O Sporting anunciou ao intervalo que roubou Nelson Évora ao Benfica e o extremo do Tondela, cedido pelo clube da Luz, vingou-se aos 74 minutos na modalidade na qual os clubes lisboetas têm maior rivalidade: no futebol. Marcou ao Sporting na oitava jornada da Liga e quase deu três pontos ao Tondela e fez o Sporting não somar nenhum. Campbell acabou depois por minimizar o feito de Murillo, mas o «velocista» ajudou certamente também o clube encarnado, que só joga no domingo em casa do Belenenses e que se poderá distanciar ainda mais na tabela (cinco pontos, se vencer).
MOMENTO: minuto 90+6
O golo de Campbell já nos instantes finais da partida, aliás, dos descontos, a salvar o Sporting. Um tento a evitar uma desgraça maior em Alvalade. É com os ditos pequenos que se perdem campeonatos e o Sporting esta tarde esteve perto de protagonizar uma derrota que lhe poderia sair cara (vamos ver se sairá).
POSITIVO/NEGATIVO:
Os treinadores e percebe-se quem leva nota positiva e quem leva a negativa. É certo que Adrien Silva faz muita falta a este Sporting, mas Jesus errou no onze escolhido. Voltou a apostar em Elias que não tem estado à altura da equipa e ainda em André, que pouco tem mostrado. Acertou depois nas substituições e sobretudo em pôr Campbell. Já Petit voltou a roubar pontos aos leões em Alvalade: na época passada roubou quatro, com o Boavista e com o Tondela, esta época roubou mais dois. Perguntar ainda: porque é que o Sporting não vence depois da Champions?
OUTROS DESTAQUES:
Gelson Martins: recebeu esta tarde o prémio de Melhor Jogador da Liga nos meses de agosto e setembro e depois destacou-se como o melhor do Sporting frente ao Tondela, mas menos bem do que tem estado. Ainda assim, foi o mais atrevido, o mais inconformado e aquele que tantas vezes tentou emendar os erros dos companheiros de equipa. Incansável a recuperar bolas e a tentar lançar o Sporting para o ataque. Aos quatro minutos levou a bola ao poste e já no final, claro, foi ele quem assistiu Campbell.
Schelotto: a par de Gelson Martins, foi dos melhores em campo no lado verde e branco, numa tarde apagada e sem ideias do Sporting. Foi dos pés dele, sobretudo na primeira parte, que nasceram as melhores ocasiões da equipa de Jorge Jesus. Dominou o corredor direito e entregou várias bolas na área: aos 21 minutos, Bas Dost cabeceou ao lado; ao 44, Bryan Ruiz não chegou a tempo. Mas houve mais, sem sucesso.
André e Elias: Jesus deu-lhes a titularidade esta tarde, pela segunda vez na época a cada um. Não corresponderam, de todo. Sobretudo o avançado que, ao lado de Bas Dost, não levou nenhum perigo à baliza de Cláudio Ramos e ainda perdeu várias bolas na primeira parte. Ainda assim, jogou mais dez minutos do que Elias que já nem regressou após o intervalo.
Jaílson: bom jogo do lateral direito, a dar muita profundidade ofensiva e a ajudar Murillo nos lances em que a equipa tondelense saiu em contra-ataque. Numa dessas subidas assistiu Murillo para o golo inaugural da partida. A mancha na sua exibição aconteceu no golo do Sporting, já que deu espaço a Campbell que não perdoou.
Cláudio Ramos: teve uma ou outra defesas de destaque, sobretudo na segunda metade. Mas não teve uma tarde de extremo trabalho, como até se poderia esperar. Ainda assim, tentou queimar tempo e mais tempo e por causa disso, e da queda de Fernando Ferreira, o árbitro deu seis minutos. E, ora, foi quase no final desses seis minutos que o Sporting empatou.
