O verde e branco sobrepôs-se ao preto e branco no duelo de xadrez, com o Moreirense a bater em casa o Boavista (2-1) num jogo com uma primeira parte eletrizante. A equipa do Bessa esteve a vencer, ficou reduzida a dez elementos ainda na primeira metade e viu os Cónegos operar a cambalhota no marcador instantes antes do intervalo.

Resultado cifrado antes do descanso, a tonificar o verde de uma época sensacional do Moreirense, que com este resultado se junta a V. Guimarães e Belenenses no grupo que se encontra neste momento no quinto lugar da Liga.

FICHA DE JOGO DO MOREIRENSE-BOAVISTA: 2-1

Eliminados da Taça de Portugal e a procurar dar seguimento ao triunfo da última jornada na Liga, Moreirense e Boavista defrontaram-se com intervenientes diferentes comparativamente à prova rainha do futebol português. Se Jorge Simão fez apenas três alterações para gerir o plantel, Ivo Vieira voltou à sua equipa base e manteve apenas dois jogadores do embate no Dragão.

O embate começou por ser quezilento, mal jogado até, com uns minutos iniciais a ameaçar um mau espetáculo. A qualidade nunca chegou aos píncaros, mas intensidade e incidências não faltaram.

Disposto a esquecer a eliminação frente ao V. Guimarães, difícil de digerir por se tratar de um rival, o Boavista adiantou-se no marcador à passagem do primeiro quarto de hora. O pé esquerdo de Rafael Costa indicou o caminho a Mateus, que na cara de Jhonatan não desperdiçou.

Algo apática, a equipa do Moreirense demorou a encontrar-se, entrou trapalhona e apenas de grande penalidade se resgatou, a meias com uma vontade enorme de Nenê. Em esforço o avançado foi travado por Helton Leite quando se preparava para recarregar um primeiro remate que o próprio tinha disferido.

Não desperdiçou da marca dos onze metros e deixou o Boavista desconfortável, ficando o Moreirense no quadrante oposto. Neris viu dois amarelos em seis minutos e foi expulso, os axadrezados do Bessa ficaram ainda mais inquietos, à boleia de pouca contenção vinda do banco, e em cima do intervalo o Moreirense operou a cambalhota no marcador.

Tentava aguentar-se até ao descanso o Boavista, fazendo por se organizar em inferioridade numérica, mas a equipa de Ivo Vieira marcou no terceiro minuto de compensação, uma estocada difícil de digerir para o conjunto portuense. Arsénio recarregou na área uma bola devolvida por Helton, levando os Cónegos em vantagem para o período de descanso.

Primeira metade demasiado acidentada a contrastar com uma segunda metade sem história. Com menos um homem o Boavista não teve capacidade para criar perigo, limitando-se a espreitar uma bola parada ou um erro do Moreirense.

Por seu turno a equipa da casa espreitou com legitimidade um terceiro golo que lhe desse a tranquilidade, mas de forma ponderada e cautelosa, pelo que, em abono da verdade, também não conseguiu superiorizar-se no que a oportunidades flagrantes de golo diz respeito. Evoluiu o cronómetro, não se alterou o marcador apesar do frisson dos instantes finais.

O Boavista continua sem saber o que é vencer em Moreira de Cónegos em jogos do principal escalão do futebol português. Segundo triunfo consecutivo do Moreirense na Liga, bela temporada a que Ivo Vieira está a protagonizar em Moreira de Cónegos.

Confira o resumo do jogo: