A figura:

Vaná:

Que exibição do guarda-redes do Feirense esta noite. O FC Porto tentou, tentou e tentou mas esbarrou sempre num ‘muro’ chamado Vaná. Um número infindável de intervenções foram enervando os adeptos portistas, nervosismo esse que se transmitiu para o relvado e para os próprios jogadores. No rol de paradas do guarda-redes dos ‘fogaceiros’, destaque para um par de intervenções absolutamente soberbas a remates de cabeça de Maxi Pereira, uma delas último minuto do encontro. Embora errado numa saída em falso, Nuno Manta Santos bem pode agradecer ao brasileiro o ponto conquistado na ‘Invicta’.
Uma exibição para mais tarde recordar.

O Momento: Voo de Vaná rouba glória a Maxi

A partida caminhava para os instantes finais e o FC Porto procurava incessantemente o golo que lhe pudesse garantir a vitória e, consequentemente, a aproximação ao topo da classificação. Mas Vaná não deixou. Cruzamento da esquerda do ataque ‘portista’, Maxi sobe mais alto que a defesa do Feirense e atira colocado para o canto inferior direito, mas o guarda-redes dos ‘fogaceiros’ voou para a bola e com a mão direita sacou um golo cantado aos dragões para desespero da equipa ’azul e branca’ e do público que compunha as bancadas do Dragão.


Outros destaques:

Danilo: Não atravessa o momento de maior fulgor, ainda assim, mantém-se como peça fundamental neste FC Porto de Nuno. Funcionou com um ‘tampão’ à frente defesa, embora tenha sido no capítulo ofensivo que o internacional português mais se destacou. Pertenceram-lhe as melhores oportunidades dos dragões na primeira metade: um cabeceamento defendido- uma vez mais- por Vaná e um tiraço de fora de área que saiu a rasar a trave do Feirense. Voltou a tentar o golo no reatamento mas sem sucesso. Fundamental a equilibrar a equipa na fase de maior balanceamento ofensivo.

Alex Telles: Sem grande trabalho defensivo, o lateral brasileiro carregou praticamente todo o jogo ofensivo dos dragões. Ganhou constantemente a linha de fundo e tirou um número interminável de cruzamentos, ainda que, sem grande aproveitamento por parte dos restantes colegas. Embora por vezes tenha pecado na definição do cruzamento, a preponderância de Telles no processo ofensivo do atual FC Porto é por demais evidente.

Flávio Ramos/Ícaro

Exibição irrepreensível da dupla de centrais do Feirense. Na primeira parte não deram praticamente uma nesga de espaço à dupla Soares-André Silva, vencendo quase todos os duelos. Sempre seguros, agarraram a equipa na fase de maior sufoco dos ‘dragões’. Destaque para um corte de carrinho praticamente em conjunto a um remate de Jota, que parecia levar selo de golo. E quando a dupla do eixo defensivo do Feirense falhou, brilhou Vaná.


Diogo Jota: Regressou esta noite à titularidade, após um interregno de quase três meses. O jovem emprestado pelo Atlético de Madrid teve, de cabeça, a primeira grande oportunidade dos ‘portistas’ no jogo, após erro de Vaná, mas cabeceou fraco. É um jogador com sentido de baliza, vertical, e embora tenha começado no corredor direito do ataque a procura de zonas interiores para combinar com os seus companheiros foi uma constantemente. Exibição em crescendo do camisola 19 do FC Porto.

André Silva: O internacional português foi um dos rostos do desperdício do ataque ‘azul e branco’ esta noite. Precipitado, deixou a impressão de, por vezes, estar preso de movimentos tal a falta de confiança. Ainda que nos últimos tempos tenha ocupado o lado direito do ataque, esta noite, atuou na sua posição de origem. Exige-se mais ao jovem avançado sobretudo pelo que já demonstrou no passado recente. Deu o lugar a Rui Pedro quando faltavam 25 minutos para o final.