A Figura: Fábio Martins

Substituiu João Teixeira, o melhor do Sporting de Braga até então. E em boa hora Abel Ferreira o lançou, diga-se. Assumiu o papel de herói ao apontar o tento solitário do encontro, ao desviar com classe, um cruzamento de Paulinho. Ganhou várias vezes a linha final, porém, nem sempre definiu da melhor forma. Precisa de minutos para continuar a crescer, porque o talento, esse, está todo lá. Uma exibição a reclamar um lugar no onze, sem dúvida.


O Momento: minuto 90,  pura classe de Fábio Martins

O empate parecia o desfecho natural do jogo. É verdade que o Sporting de Braga dispusera de várias ocasiões para inaugurar o marcador, contudo, essas tentativas em força, ora saíam longe do alvo, ora Jhonatan agigantava-se e conservava o nulo no marcador. Porém, eis que Fábio Martins tentou algo diferente dos seus colegas: rematar em jeito. Acabou por ter sucesso. Cruzamento de Paulinho no lado direito, com o extremo a desviar a bola de Jhonatan, com a parte exterior da bota. Momento de classe pura, seguido de uma explosão na bancada atrás da baliza.


Outros destaques:


João Teixeira:

Está confiante, é notório na forma como joga. Bola colada ao pé direito, cabeça levantada e lampejos de classe: é um regalo vê-lo jogar. Abel dá-lhe liberdade para pisar terrenos mais interiores e é nesse espaço que se sente mais cómodo. Com uma  capacidade de passe acima de média, criou as melhores jogadas ofensivas da sua equipa, embora nem sempre os seus colegas lhes tenham dado o melhor seguimento. O pontapé de primeira após cruzamento de Esgaio é sintomático da qualidade técnica que possui. Quiçá, seja esta a sua época de maturação plena. Foi substituído à passagem da hora de jogo, numa altura em que os níveis de agressividade da partida aumentaram.

Rafael Costa:

Não é possante, nem um box-to-box. É sim, um jogador com características especiais. Interpreta o futebol como um jogo de enganos. E, depois, faz uso de uma inteligência e qualidade de passe superiores para servir da melhor maneira os seus companheiros. Nota para a intervenção decisiva a impedir que Paulinho correspondesse da melhor maneira ao cruzamento de Esgaio. Em suma, é o homem da batuta desta Moreirense e um jogador a pedir outros palcos.

Jhonatan:

Seguro fora dos postes, fiável entre eles. Com um punhado de boas intervenções, o guarda-redes do Moreirense foi o principal responsável pelo empate registado ao intervalo. Na retina ficou a defesa absolutamente assombrosa a remate de Ricardo Horta em cima da linha de golo, já na etapa complementar. Recrutado ao Joinville, está-se a afirmar como um dos bons guarda-redes da Liga.

Tozé:

Vagabundo na frente de ataque durante o primeiro tempo, médio ofensivo na etapa complementar e o mesmo desempenho. Foi o jogador que mais agitou o ataque da formação de Moreira de Cónegos. Velocidade, visão de jogo e técnica apurada ao serviço do coletivo, está a aproveitar cada minuto desta cedência ao clube minhoto. Saiu numa altura em que Manuel Machado procurou dar mais consistência ao meio-campo.

Ricardo Ferreira:

Tempo de corte perfeito, concentração nos limites. Desempenhou o papel de último homem da linha defensiva na perfeição. Não perdeu um único lance para os seus oponentes e tem todas as condições para se afirmar como o patrão da defesa bracarense. Em suma, justificou a titularidade.