Académica e Arouca empataram a uma bola, na tarde deste domingo, num encontro que, apesar de não ter sido muito bem jogado, foi intenso e teve emoção até bem perto do final.
 
No Cidade de Coimbra, encontravam-se duas equipas motivadas pelos triunfos na última ronda, daí que esse fosse o jogo ideal para capitalizar o que de bom havia acontecido nessas partidas. O início foi interessante, sendo que cedo a Académica se adiantou no marcador, por intermédio de Marinho, curiosamente no mesmo minuto no qual havia marcado no Estoril (8 min.). O extremo regressou ao onze academista com a chegada de José Viterbo ao banco e tem mostrado que aposta não é feita em vão.
 
Depois disso, a Briosa baixou um pouco a intensidade de jogo e permitiu que o Arouca se fosse aproximando da sua baliza, com destaque para as intervenções de Artur e Kayembe e para as boas manobras da dupla David Simão-Rui Sampaio no meio-campo. Porém, o domínio arouquense acabou por não resultar em oportunidades de golo demasiado evidentes. Essas, aliás, pertenceram somente à formação da casa, em duas situações: Rafael Lopes e Marinho, isolados perante Goicoechea, desperdiçaram a possibilidade de aumentar o pecúlio para os comandados de José Viterbo, mesmo em cima do intervalo.
 
No segundo tempo, o Arouca foi quase sempre melhor que a Académica e acabou por chegar naturalmente ao empate. Antes desse momento, o conjunto de Pedro Emanuel dispôs de algumas ocasiões, com destaque para duas tentativas de David Simão, ele que foi precisamente o responsável pela conversão da grande penalidade que valeu o empate, à entrada para os últimos 20 minutos de jogo.
 
Depois do empate, o Arouca continuou a carregar, sempre com os extremos Kayembe e Iuri Medeiros (entrado na segunda metade) em plano de evidência. Roberto dispôs de uma enorme ocasião para a justa vantagem, perante uma Briosa nervosa e atordoada e que nem com as alterações de Viterbo melhorou a qualidade de jogo.
 
Já nos últimos dez minutos, o central Miguel Oliveira foi expulso e acabou por deixar o Arouca a jogar com menos um, numa altura em que estava claramente por cima no jogo. A Académica aproveitou a motivação, ganhou ascendente, mas Marinho desperdiçou ocasião soberana para dar a vitória aos conimbricenses.
 
No final, o resultado mais justo seria a vitória arouquense, apesar de a Briosa também ter tido algumas boas ocasiões. As boas sensações do jogo no Estoril acabaram por não ser totalmente confirmadas, enquanto que do lado do Arouca fica a sensação de que poderiam ter sido alcançados os três pontos num jogo encarado como uma «final»…