Final de loucos no Caldeirão!

No jogo que abriu a 3.ª jornada, o Marítimo chegou aos descontos a perder desde o minuto 17’. Porém, dois golos de rajada, primeiro num remate por Barrera, e depois numa cabeçada de Lucas Áfrico, selaram uma das reviravoltas mais épicas que os Barreiros assistiram nos últimos anos.

O jogo tinha como aliciante adicional o reencontro de Daniel Ramos com a com o Marítimo, clube que orientou nas últimas duas temporadas. A equipa do técnico vila-condense esteve por cima durante muitos momentos do jogo mas acabou por ser traída ao recuar em demasia ante uma equipa de nunca deixou de acreditar.
 

Em relação à última jornada, o Desp. Chaves entrou em campo com o mesmo onze que venceu na receção ao Portimonense (2-0). Do lado os madeirenses duas alterações: Fábio China rendeu Rúben Ferreira na lateral esquerda, enquanto Jean Cléber foi lançado a jogo, por troca com Edgar Costa.

FICHA DE JOGO DO MARÍTIMO-CHAVES: 2-1

Os flavienses entraram a pressionar com grande intensidade, dando muito pouco tempo aos madeirenses para pensar na construção de jogo. Nos primeiros 15 minutos, a equipa Cláudio Braga sentiu muitas dificuldades para sair do seu meio campo. Mesmo assim, quando o fez, protagonizou o primeiro lance de perigo da partida, com um remate de Correa, aos 14’, para defesa apertada de Ricardo.

A equipa de Daniel Ramos, que se apresentava com muita personalidade em todos os setores, não acusou o lance e pouco depois chegou à vantagem, embora sem o justificar. Aos 17’, William recebeu ainda no seu meio campo ofensivo e após passar por toda a gente – deixou Zainadine o chão com um drible fenomenal – atirou à entrada da área, sem força mas muito colocado, de nada valendo a estirada de Amir.

O Marítimo procurou reagir, mas com o Desp. Chaves já bem instalado sobre o terreno e a apostar no controlo dos ritmos da partida, o melhor que conseguiu fazer, em termos de perigo, surgiu em dois lances, entre os 27' e os 32’: primeiro com novo remate perigoso de Correa à entrada da área, que saiu um pouco ao lado; e depois com Bebeto a surgir isolado na cara de Ricardo, que foi lesto a sair e eficaz a fazer mancha.

A história do resto do primeiro tempo ficou marcada com os madeirenses a assumirem claramente as despesa do jogo, mas com o Desp. Chaves, sempre bem posicionado no terreno, a controlar o jogo; e também por um punhado de lances em que geraram muita contestação junto da equipa de arbitragem, que foi muito contestada pelos jogadores madeirenses e pelas bancadas do Caldeirão.

O reatamento trouxe os mesmos onzes, mas também uma mudança no sentido da constatação. Logo aos 54’, Bressan gelou as bancadas do Estádio do Marítimo, quando rematou à entrada da área, sem oposição, valendo a Amir que estava batido, que o esférico saiu um pouco ao lado...

A equipa de Daniel Ramos entrou a controlar, deixando ao Marítimo a obrigação de jogar rápido e adiantado no terreno. Mas com uma teia bem urdida os transmontanos sabiam fechar bem os espaços, na expectativa de lançar o contra-golpe.

Marítimo-Desp. Chaves, 2-1: destaques do jogo

Cláudio Braga sentiu-se na necessidade de mexer, e fê-lo aos 60’, trocando Jorge Correa por Edgar Costa, substituição gerou muitas críticas desde a bancadas. No tudo ou nada, o técnico do Marítimo sacrificou pouco depois o único médio defensivo que tinha em campo para lançar mais um extremo, Barrera.

As mexidas obrigaram o Desp. Chaves a recuar ainda mais, mas o ataque verde-rubro, apesar de mais perigoso, continuou a evidenciar muito desacerto na hora de definir no último terço do terreno. Daniel Ramos limitou-se a refrescar as suas peças, toca por troca, evitando correr riscos, mais ainda mais recuado.

A cedência total da iniciativa por parte do técnico vila-condense veio a revelar-se fatídica. Aos 90+1, na sequência de um lançamento lateral, Barrera fez o 1-1, num remate bem trabalhado. E, quatro minutos depois, Lucas Áfrico redimiu-se do lance do do sofrido com o 2-1.

Mas que final de jogo! A equipa estava prestes a ser assobiada, sobretudo o seu treinador, e acabou por sair aplaudida de pé!